No dia 25 de julho, foi celebrado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Durante o mês, diversas ações promoveram o debate interseccional da desigualdade de gênero. Mas quando pensamos nisso, mesmo ressaltando o recorte racial, muitas vezes não reconhecemos o recorte geracional da desigualdade. Falamos muito na desigualdade de gênero e no empoderamento de mulheres, mas para empoderarmos as mulheres, precisamos empoderar as meninas.
A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, não abordou a questão das meninas de maneira direta, mas essa desigualdade começa a se manifestar desde a infância. Já os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram um avanço.
Para quem não conhece, os ODS fazem parte da Agenda 2030, um plano global composto por 17 objetivos e 169 metas a serem alcançados até 2030, pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas. O ODS 5 é a respeito da Igualdade de Gênero e contempla o recorte geracional. E dentro deste recorte, também não podemos perder de vista o debate racial, uma vez que as meninas negras muitas vezes são as mais vulneráveis.
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A meta 5.1 trata de acabar com todas as formas de discriminação contra as mulheres e meninas. A meta 5.2 pretende eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e outros tipos de violências.