Paris 6 se pronuncia sobre não oferecer jantares gratuitos a manobrista

O funcionário Kleber ajudou Nathalia, que caiu em frente ao restaurante, mas ao contrário da moça não foi presenteado

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Por Luiza Pollo
Atualização:
 Foto: Reprodução/Instagram

Depois de anunciar que a cliente Nathalia Alves ganharia refeições gratuitas para o resto da vida em qualquer unidade do Paris 6 no mundo, o restaurante foi criticado nas redes sociais por não oferecer o mesmo tratamento para o manobrista Kleber, que ajudou a garota no momento da queda.

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"Nós acreditamos que não é preciso recompensar uma atitude que todo o cidadão tem a obrigação de fazer - ajudar o próximo", afirma Isaac Azar, sócio-fundador do Paris 6.

Em nota initulada "Em uma Sociedade sem vítimas, todos somos heróis", Isaac argumenta que presenteou apenas Nathalia porque ela poderia ter sido vítima de bullying cibernético, enquanto a atitude de Kleber deve ser elogiada, mas ocupa um papel secundário por ser um 'dever social'.

Após diversos comentários negativos na postagem, Isaac se pronunciou novamente e escreveu, sobre o manobrista: "Ele é o chefe da equipe. Sua reconhecida atenção com os clientes já havia conferido a ele o posto que ocupa. É uma honra tê-lo em nossa equipe, ao lado de todos os líderes que formam o Paris 6."

Internautas argumentaram que o VIP vitalício oferecido a Nathalia seria apenas uma jogada de marketing. A página do restaurante ganhou mais de 60 mil novos seguidores desde o ocorrido e a publicação que anunciava a busca pela 'vítima do Rio Haddock Lobo' já alcançou quase 10 milhões de pessoas, segundo Isaac.

Leia a nota completa:

"Em uma Sociedade sem vítimas, todos somos heróis

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É importante lembrarmos que a Nathália foi vítima do que poderia ter terminado como uma desmoralização pública. Nossa intenção foi passar a ela uma lembrança menos traumática causada pela viralização de um vídeo não autorizado. Essa era nossa principal mensagem - tanto a ela quanto ao público -, enfatizando o repúdio ao bullying cibernético, que pode causar traumas psicológicos permanentes a quem é vítima. A questão da premiação de um membro da sociedade no exercício da sua solideriedade é muito importante, sim, mas deve ocupar um papel secundário nesse caso, para que a mensagem principal não perca sua força. Nosso objetivo não era expor uma boa ação, mas sim alertar a um comportamento massificado completamente nocivo. A vítima foi ela. O manobrista, e todos nós, temos o dever social de amparar nossas Nathálias".

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