Infelizmente, nos debates ficou claro o quanto os serviços oferecidos à população, de um modo geral, constroem uma parede de isolamento duas fatias de idade extremas: a criança e o idoso, lançando projetos distintos, em espaços distintos.
Aqui em nosso blog sempre discutimos a importância dos mais jovens para a saúde física, mental e emocional das pessoas da melhor idade. A fantástica professora Elizabeth Elias propôs juntamente com um dirigente de uma organização não governamental um projeto para criar iniciativas para desenvolver serviços que unam escolas e projetos para as pessoas mais velhas. Espaço ocioso e tempo é o que não faltam.
Em um artigo muito interessante, Elizabeth diz emocionada que: Aliar a energia de crianças, que pulam, brincam, sonham e não se entristecem por muito tempo, parece-me ser um ponto de ligação. Mas é claro que as crianças apresentam um pique de energia que é de dar inveja para qualquer pessoa. Esta grande ideia apresenta uma oportunidade para que as crianças conheçam as limitações que o tempo impõe às pessoas, e idosos podem ver nas crianças uma forma de viver, sorrir e lembrar que ainda estão vivos e podem sentir felicidade, podem contribuir, e muito, para a formação das crianças, com valores e ensinamentos, muitas vezes esquecidos na sociedade atual.
Eu compartilho desta ideia e sempre incentivo meus pacientes a manter este contato. Mas podemos pensar como moradores desta cidade - que diga-se de passagem é uma metrópole - como podemos fazer estas ligações entre idosos e crianças, quando os dois têm tanto a ganhar ? Vamos falar sobre isso com nossos amigos, compartilhar com nossos parentes e levar esta ideia adiante. Quanto mais força, melhor. E, você, que tem a oportunidade de conviver com crianças e jovens, não perca esta oportunidade. Eles têm muito a trocar. E você, a ensinar e a aprender. Viva mais e melhor.