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‘Vai expor erros e acertos’, diz Sandra Annenberg sobre ‘Retrospectiva 2020’

Apresentada pela jornalista e por Gloria Maria, programa ganhará, pela 1ª vez, edições extras no Globoplay

Por João Pedro Malar
Atualização:
Sandra Annenberg e Gloria Maria irão apresentar a 'Retrospectiva 2020', recapitulando fatos marcantes do ano Foto: Globo/Victor Pollak

As jornalistas Gloria Maria e Sandra Annenberg terão, no dia 29 de dezembro, uma tarefa difícil: resumir os principais acontecimentos de 2020. Marcado pela pandemia do novo coronavírus, o ano também teve diversos acontecimentos políticos, sociais e ambientais. Como, então, mostrar tudo isso no programa Retrospectiva 2020?

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“Cada um tem tanta história para contar desse ano, o desafio é resumir tudo isso”, contou Sandra em coletiva realizada pela Rede Globo, na qual o Estadão participou. Gloria destaca que falar sobre tudo que ocorreu no ano é “impossível”, já que 2020 foi um ano que “ninguém imaginou”: “o que a gente vai mostrar é a perplexidade que foi esse 2020”.

Reconhecendo essa dificuldade, a tradicional retrospectiva da Globo irá ganhar uma novidade. Pela primeira vez, serão disponibilizados cinco episódios extras do programa no Globoplay, também apresentados pelas jornalistas, que irão recapitular o ano a partir de determinados temas. 

Cada episódio é resumido por uma palavra: vírus, perplexidade, incerteza, fogo e diversidade. Todos serão lançados no dia 29, e ajudarão a dar um panorama do que foi o ano de 2020. Já a retrospectiva tradicional será exibida após a novela das 9.

“A gente vai tentar dar conta de tudo que a gente viveu. Sempre vai ter alguém que vai falar ‘isso ficou de fora’, claro, óbvio, mas a gente vai dar conta”, afirma Sandra. A jornalista destaca que 2020 foi um ano de “muita reflexão” para ela, mas também um ano com “bastante medo”: “a gente não sabe o dia de amanhã, por mais cuidados que a gente tome, atenção que a gente tenha, todo mundo está sujeito a pegar o vírus em qualquer ocasião”.

Já Gloria Maria comenta que, apesar de todo o lado negativo do ano, pessoalmente 2020 foi “maravilhoso”, graças à sua recuperação após retirar um tumor no cérebro em 2019.  “Estou feliz, inteira, trabalhando, recuperada”, explica.

Ela ressalta que a retrospectiva tentará não ter um clima muito pesado, mas que isso é uma tarefa “difícil, na verdade quase impossível”. “Esse foi um ano que fez a gente pensar o que o ser humano está fazendo dele mesmo. A gente viu tanta coisa, tanta violência, de tantas maneiras. Tornar isso menos pesado talvez seja tão difícil quanto descobrir a vacina”, compara Gloria.

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Para ela, porém, o mais importante é a forma como cada pessoa verá e interpretará o programa, uma ideia com que Sandra concorda: “Acho que o mais importante é rever a linha do tempo e pensar ‘o que eu vou aprender com isso, que lição isso tudo me passa, e como posso me transformar para que isso não se repita?’”.

“Vamos expor erros e acertos, atitudes louváveis, incríveis”, destaca ela, citando exemplos como os movimentos sociais em prol de diversidade, com protestos contra o racismo e machismo. 

A luta antirracista foi, inclusive, o que mais sensibilizou Gloria Maria em 2020. “Eu já tinha vivido isso fortemente lá atrás, na época da Angela Davis, dos Panteras Negras, e eu vi tudo isso revivendo. Esses movimentos raciais fortes que aconteceram nesse ano não mexeram comigo pois fazem parte da história, mas me fizeram feliz”, explica. 

Tanto Gloria quanto Sandra destacaram, também, a eleição da senadora Kamala Harris como vice-presidente dos Estados Unidos, que se deve se tornar, em 2021, a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiática a assumir o cargo. “Foi um dos discursos mais emocionantes para mim esse ano, é uma mulher. A gente está chegando lá”, comenta Sandra.

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Apesar dos avanços, Gloria lembra também de outro fato triste: a grande quantidade de crianças mortas, vítimas de balas perdidas. “Em mais de 40 anos [de carreira] nunca vi uma quantidade tão grande de crianças mortas por nada, uma das coisas mais tristes desse ano, mundialmente”, afirma. 

As próprias reflexões das apresentadoras mostram que relembrar os acontecimentos de 2020 é não apenas uma tarefa difícil, mas também dolorosa, mas Gloria considera que é necessário ser otimista para 2021: “se não levar o fim de ano com uma certa leveza, não tem sentido, a gente já teve tanta perda, tanta coisa”. 

*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais

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