Com estreia nesta quinta-feira, 19, às 22h30 no canal National Geographic Brasil, a série documental Em Busca das Cobras acompanha os biólogos Rato e Vini em explorações para mostrar algumas das espécies de cobras do Brasil, e eliminar alguns mitos sobre elas.
A ideia da série, co-produção com a Grifa Filmes e a Duo 2, surgiu após a realização de um documentário, de 2015, em que Rato e Vini participaram. Foi a primeira experiência dos dois em uma produção audiovisual, mas eles foram convidados pelos responsáveis para integrar uma produção separada, e ambos aceitaram. “A equipe achou que a gente tinha talento”, comenta Rato.
Tanto Vini quanto Rato tiveram um contato mais intenso com as cobras quando estavam na faculdade, cursando biologia. O estudo acabou gerando uma paixão pelo tema e o desejo de trazer mais informações sobre as cobras para a população.
Mas um dos principais desafios da série é exatamente prestar esse serviço sobre esses répteis tão temidos, ou seja, trazer os conhecimentos científicos sobre as cobras de uma forma acessível para o público. “Nós tivemos que fazer essa tradução, deixar mais compreensível, mas sem ser chato”, explica Rato.
Vini também destaca que o processo de aprender a lidar com a presença de uma câmera foi um desafio, algo novo para ele. Se lidar com as filmagens foi diferente, o ambiente das expedições já era algo com o qual ambos estavam acostumados.
Foram escolhidos algumas reservas de parques nacionais, passando principalmente por Estados da região Norte do País, como Amazonas e Rondônia. A cada episódio os biólogos exploram essas áreas, em busca da cobra que é o tema do dia. “A gente se jogava no mato para ir atrás, mas não dava para saber o que íamos encontrar”, relata Rato.
Para Vini, a importância da série está na tentativa de desconstruir a imagem que o brasileiro tem das cobras, como animais agressivos e ameaças. A maioria das cobras, por exemplo, é inofensiva e só ataca quando provocada, além de ter um importante papel na natureza, participando da cadeia alimentar como presa e predadora de outras espécies.
“Eu espero que eles [os telespectadores] consigam absorver pelo menos alguma coisa de toda a troca de informações que é oferecida. Que consigam compreender um percentual de informação que possa levar a um conhecimento sobre os animais e a importância deles na natureza. A gente tem medo do que não conhece, se você conhece as cobras, vai ter condições de, quando encontrar uma, saber como lidar com ela”, comenta o biólogo.
*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais