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Serial killers e desastres naturais marcam ‘Apocalipse’, lançamento da Record TV

Novela bíblica pretende ter cara de seriado e é considerada a mais ousada da emissora

Por Luiza Pollo
Atualização:
A atriz Juliana Knust interpreta a protagonistaZoe Santero, uma jornalistaque se envolve com o "hacker do bem" Benjamin Gudman (Igor Rickli) Foto: Munir Chatack / Record TV

Nada de desertos de areia, grandes templos ou batalhas épicas ambientadas em épocas passadas. A nova novela bíblica da Record TV tem como cenário Nova York, Roma, Jerusalém e Rio de Janeiro atuais. 

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Apocalipse, que estreia nesta terça-feira, 21, às 20h30, foi definida no evento de lançamento como o produto mais ousado da emissora.

A novela deve ter cara de seriado, explica o diretor Edson Spinello. “Hoje em dia tem muitos canais disponíveis, e o público está começando a gostar de um outro tipo de narrativa, um pouco mais reflexiva, com mais cara de série e cinema”, justifica.

Para atingir esse resultado, a emissora apostou em pós-produção – com os efeitos especiais de costume nas produções da Record TV e com trabalho de cor para deixar as imagens com tom de série.

O roteiro também se diferencia de outras novelas bíblicas, com início nos anos 1980, passando por uma segunda fase na década de 1990 e depois chegando aos tempos atuais. O telespectador vai acompanhar a história do livro do Apocalipse aplicada ao nosso tempo, afirma Vívian de Oliveira, autora, que vem do sucesso Os Dez Mandamentos. “Eu evito marcar o ano. Pontuamos algumas coisas que estão acontecendo atualmente, como tragédias e corrupção, mas sem definir o tempo exato”. 

Para fazer a ponte entre o livro bíblico e a sociedade do século 21, Apocalipse vai mostrar diversos eventos que anunciam o fim dos tempos. Aos poucos, o mundo começa a ruir em meio a desastres naturais, doenças, fome, desaparecimentos inexplicáveis e a Terceira Guerra Mundial. Contribuindo com o mal está o Anticristo, representado por Sérgio Marone no papel do ambicioso empresário Ricardo Montana, que nasce na década de 1980 de um casamento conturbado e é criado com muita proteção e mimo por parte da mãe. 

Além dos desastres, a tragédia é marcada também por crimes. Um serial killer assombra o Rio de Janeiro na década de 1980 e inspira a ação de outro assassino no tempo atual. Isso tudo, claro, com referências ao livro sagrado do cristianismo. “A gente vai jogando na investigação com o público”, relata Marcelo Argenta, que interpreta o investigador Luis Sardes na primeira fase da novela. “Quem tem entendimento da Bíblia, do Apocalipse, vai começar a concatenar as coisas rapidamente.” A trama policial também pretende ajudar a dar o tom de seriado para a novela e diluir a narrativa bíblica.

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No entanto, não é como se Apocalipse se distanciasse da religião. Apesar da modernização da trama (que inclui startups, tecnologia e até uma androide com forma humana), a Record TV não mudou o foco que adotou nas últimas produções da faixa das 20h30. A autora relata que manteve o judaísmo como religião central da história, um resgate da Bíblia, e incluiu outras crenças, inclusive uma igreja romana “inventada”, como define Vívian, e o ateísmo.

A protagonista da história, Zoe Santero (Juliana Knust), quem apura e relata as notícias sobre as catástrofes e os crimes, foi criada em uma família com muita fé. Já seu par romântico, o “hacker do bem” Benjamin, é ateu.

Elenco. Somando-se as três fases da história, são mais de cem atores. Dentre eles, rostos conhecidos da emissora como Igor Rickli, que estava no ar com O Rico e Lázaro, e artistas que ficaram marcados por trabalhos na Globo, como Juliana Knust, Bia Seidl, Juliana Silveira, Daniela Escobar e Sérgio Marone. 

Vívian revela que a emissora pediu 170 capítulos. Portanto, a novela deve seguir até a metade de 2018.

A repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Record TV

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