Presidente executivo da Disney irá abrir mão do salário devido ao coronavírus

Os membros da diretoria da empresa também reduzirão suas remunerações, devido aos prejuízos econômicos acarretados pelo vírus

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Por Agência
Atualização:
Bob Iger, presidente da Disney, na cerimônia de abertura da Cars Land, em junho de 2012 Foto: J. Emilio Flores/ The New York Times

O presidente executivo da Disney, Bob Iger, irá abrir mão do seu salário a partir de abril para reduzir o impacto que a crise do novo coronavírus está tendo sobre a empresa. A organização fechou seus parques temáticos, cancelou estreias de filmes e pausou quase todas as gravações que realizava.

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Iger, que assumiu o cargo em fevereiro de 2020 depois de abandonar o posto anterior de CEO da empresa, conta com um salário de três milhões de dólares segundo os dados do ano fiscal de 2019 da Disney. Além disso, o valor que ele recebeu superou 45 milhões de dólares no ano, devido a bônus e retorno de ações. 

Além disso, o novo CEO da Disney, Bob Chapek, anunciou que também irá reduzir seu salário em 50%, uma medida que se aplicará aos outros membros da junta diretora para “receber a carga” das medidas drásticas que a gigante do entretenimento tem tomado para lidar com a pandemia de covid-19.

Em 2019 o salário base de Chapek foi de 2,5 milhões de dólares, com outros 20 milhões em compensações e incentivos em seu posto anterior como presidente da divisão de parques, experiências e produtos da Disney.

Apesar dos filmes serem a referência na Disney, os seus parques temáticos e produtos associados à marca constituem a principal fonte de lucros e são os mais afetados pela crise do novo coronavírus.

Desde meados de março os parques estão fechados, e permanecerão assim até que uma nova decisão seja tomada. Essa foi uma das poucas ocasiões em que a empresa tomou esta atitude. O parque da Disney na Califórnia, um dos mais antigos, foi fechado em datas como o ataque de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas e no dia da morte do ex-presidente John F. Kennedy.

A Disney também suspendeu as produções de todos os filmes, com exceção de animações. Entre os afetados estão as novas versões em live-action de A Pequena Sereia, o thriller Nightmare Alley, de Guillermo del Toro, o drama The Last Duel e um novo filme de Esqueceram de Mim. Estreias de filmes também foram adiadas, inclusive da nova versão de Mulan, que custou 200 milhões de dólares.

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