“Nos conhecemos desde que eu fiz o BBB (Big Brother Brasil)...”, disse Jô Soares ao cumprimentar Pedro Bial, arrancando risos da plateia. O apresentador foi o entrevistado da edição desta quarta-feira, 28, do programa Conversa com Bial.
Jô Soares relembrou o tempo em que sofria censura na TV no período do regime militar no Brasil. “Plena repressão, tinham personagens que eram proibidos. Gandola ficou um ano e meio no ar, descobriram que ‘gandola’ é o nome de uma túnica do exército. O Capitão Gay, o Borjalo, que era diretor artístico na época, cortou”, afirmou. Segundo o humorista, ter um ‘governador de Brasília que é gay’ no programa poderia dar problema. Jô Soares acrescentou que, certa vez, encontrou a figura pública de seu personagem: “Um dia estou no aeroporto e escuto alguém me chamando: ‘Jô, sabe quem eu sou? Sou o coronel gay. Adoro o personagem, sobretudo tenho um sobrinho que é capitão da Marinha e todo mundo enlouquece ele, eu me divirto demais”.
Sobre a migração de programas humorísticos para talk show, Jô Soares disse que ficaria um tempo breve e acabou permanecendo dez anos no SBT. “Na época, o Boni disse que não tinha espaço para fazer o programa que eu queria. Um ano e meio depois que estava no SBT, ele queria que eu voltasse. Mas seria deselegante com o Silvio Santos”, recorda.