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Filme sobre padres corruptos enfurece políticos católicos na Polônia

'Kler' ('Clero') é uma ficção sobre padres que bebem, zombam da igreja e um deles abusa sexualmente de um menino órfão cego

Por Marcin Goclowski
Atualização:
Estreia de Kler nesta sexta, 28, em um cinema de Warsaw, na Polônia Foto: Janek Skarzynski/ AFP

Varsóvia - Um novo filme que apresenta padres embriagados e abusando de crianças chocou alguns políticos conservadores na Polônia e abasteceu um debate sobre a influência da Igreja Católica em um dos países mais devotos do mundo. 

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Kler (Clero) gira em torno das vidas de três padres fictícios que bebem vodka e zombam da igreja. Um deles abusa sexualmente de um menino órfão cego.

Vários membros importantes do partido do governo Lei e Justiça (PiS) da Polônia, que conta com o suporte da Igreja para apoio eleitoral, já se manifestaram contra o filme. 

A estreia nesta sexta, 28, ocorre em um momento em que um histórico caso de pedofilia é julgado na Polônia e o papa Francisco batalha para abordar o assunto por onde passa. 

Em janeiro, um tribunal em Poznan ordenou que a Igreja Católica na Polônia pague reparações e pensões vitalícias a uma mulher que foi abusada sexualmente por um padre quando era criança. Um recurso deve ser analisado em outubro. 

Kler, de autoria do célebre diretor polonês Wojciech Smarzowski, foi elogiado por críticos depois de seu lançamento em um festival de cinema polonês na semana passada. 

Mas Jaroslaw Sellin, um vice-ministro de Cultura no governo do PiS, acusa o filme de cultivar “estereótipos negativos” e de tratar Igreja injustamente. 

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