O programa Que História É Essa Porchat? possui uma premissa simples: três convidados conhecidos pelo público e um anônimo contam, cada um, uma história divertida sobre algo que tenham vivenciado. E para o humorista Fábio Porchat, que comanda o programa, é essa fórmula que gerou o sucesso da atração.
Agora com uma segunda temporada, lançada na última terça-feira, 10, e transmitido pela GNT nas terças-feiras, às 22h30, o programa irá contar com mais episódios: serão, ao todo, 40, que serão exibidos semanalmente até dezembro.
Com exceção do primeiro episódio, que teve uma duração maior e contou com a participação da apresentadora Angélica, todos terão uma hora de duração. “O programa está redondinho, no tamanho certo”, comenta Porchat, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 12.
O humorista indicou que está bastante satisfeito com o resultado do programa até agora: “deu muito certo, eu gosto muito de fazer, a recepção do público e as críticas têm sido muito boas”. E, para não mexer em time que está ganhando, Porchat reforçou que não alterou a maneira como os convidados são escolhidos.
“Eu quero histórias boas”, destaca ele. No geral, é pedido que o artista convidado conte a história antes para a produção, e então é avaliado se ela vale para o programa ou não. Porchat considera que, com o programa mais conhecido, os convidados já entendem melhor a dinâmica da produção e quais histórias são mais válidas.
Uma novidade do programa é o uso de trechos de histórias contadas por anônimos em uma cabine que passou por cidades de Goiás, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Foram cerca de 130 relatos, que então foram selecionados para aparecer no programa e entre os intervalos.
Do talk-show para as histórias
Antes do Que História É Essa Porchat?, o humorista, famoso por participar do grupo Porta dos Fundos, foi o apresentador do Programa do Porchat, que era apresentado na Record e tinha entrevistas com personalidades consagradas. Lançado em 2016, foi encerrado em 2018.
Para ele, há uma diferença clara entre os programas. “Eu acho que uma das coisas que eu senti quando eu parei de fazer meu talk-show é que as pessoas estavam ficando cansadas de debates, e conversas complexas, eu senti uma lacuna naquele espaço onde a gente só ouve histórias e relaxam”, comenta Porchat.
E foi dessa sensação que a ideia para o Que História É Essa Porchat? surgiu. “A gente ficou tão preocupado em dar opinião e esqueceu que a gente precisa de um descanso. O que a gente gosta mesmo são as histórias”, destaca.
“Em um talk-show você sempre tem que entrevistar uma pessoa e tentar tirar dela alguma coisa, uma polêmica, algo que repercute”, observou ele. O humorista destaca que ficou bastante feliz com o sucesso do novo programa, e pelo fato das histórias viralizarem por si só, por serem boas, e não por envolverem polêmicas.
Mesmo com o sucesso, Porchat comenta que não vê possibilidade do programa sair do GNT, que é um canal fechado, e ir para um canal aberto, mas não descarta a chance dele se manter no GNT mas ter reprises transmitidas na Globo, como o programa Lady Night, da humorista Tatá Werneck.
Para ele, o Que História É Essa Porchat? tenta apostar na simplicidade: “é um programa simples, todo mundo quer ouvir uma história”, mas, ao mesmo tempo, isso torna a atração dependente de bons relatos, como o próprio Porchat diz, “se as histórias forem ruins, o programa cai”.
*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais