Como os casos de assédio sexual vão influenciar a temporada de premiações?
Alessandra Monnerat - Especial para O Estado de S. Paulo
13/11/2017, 07:01
Academia do Oscar deve reagir premiando filmes que abordam empoderamento feminino
Kevin Spacey, Louis C.K. e Harvey Weinstein são acusados de numerosos casos de abuso e assédio sexual Foto: AP Photo/AFP Photo-Jeremy Chan/Andy Kropa-Invision
O comediante Louis C.K. é o mais recente a engrossar uma lista de homens reconhecidos e poderosos manchados por acusações de abuso e assédio sexual na indústria do entretenimento. De acordo com o site Consequence of Sound, desde o escândalo do produtor Harvey Weinstein, são 40 atores, diretores e outros artistas sob denúncias — muitos deles, donos de Oscars, Globos de Ouro e Emmys, como Kevin Spacey, Dustin Hoffman, Ben Affleck, Jeffrey Tambor e Matthew Weiner. Com as estratégias da temporada de premiações já em curso, Hollywood começa a responder a esse novo cenário.
“A expectativa é ver como a Academia vai reagir”, afirma o crítico de cinema do Estado Luiz Carlos Merten. “No ano passado, em reação ao Oscars so White (movimento que pedia maior representação de indicados negros), aumentou também o número de votantes mulheres. Com isso, o tema do assédio sexual dificilmente vai passar batido”.
Especialistas na indústria já consideram que a carreira de Louis C.K. acabou — vencedor de seis Emmys e dois Globos de Ouro, dificilmente veremos o comediante nesta ou em outras temporadas de premiações. O filme mais recente do ator, I Love You Daddy, teve a estreia cancelada horas antes de uma reportagem do The New York Times relatar cinco casos de assédio. A distribuidora da produção, Orchard, já informou que o filme não entrará mais em circulação.
Ainda esta semana, a Sony Pictures fez uma jogada sem precedentes em Hollywood: substituir um ator após a finalização de um filme. O estúdio demitiu Kevin Spacey, acusado de uma série de abusos, do filme All The Money In The World, que estreia em um mês e já tinha campanha para o Oscar planejada. Christopher Plummer vai assumir o papel na produção do diretor Ridley Scott — e para o crítico de cinema Pablo Villaça, essa movimentação deve garantir uma indicação para o veterano como ator coadjuvante.
“A Academia quer mostrar que se preocupa com questões atuais. E uma questão absurdamente atual é o abuso na indústria. É possível que eles reconheçam esse filme e apoiem essa atitude da Sony”, comentou.
Jeffrey Tambor, ator de 'Transparent' e 'Arrested Development', negou "veementemente" a acusação de uma ex-assistente Foto: EFE/Mike Nelson
Nesse sentido, outro filme que deve se beneficiar do momento de transparência quanto a casos de abuso é Terra Selvagem, do diretor Taylor Sheridan. Vencedor do prêmio de melhor diretor na mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, na França, a película era uma produção da The Weinstein Company. Depois de revelados os escândalos contra os diretores da companhia, Harvey e Bob, a outra financiadora do filme, Acacia Company, comprou os direitos da produção e retirou qualquer menção aos Weinsteins dos créditos.
Essa atitude, combinada à temática do filme — que aborda casos de abusos sexuais em reservas indígenas —, pode aumentar as chances de prêmios para a produção e para o ator coadjuvante Jeremy Renner. “De um ponto de vista temático e político, esse filme é extremamente relevante”, afirmou Villaça. “O Oscar é uma premiação política, não tanto de qualidade”.
Para Merten, o momento é benéfico para filmes que colocam mulheres em lugares de protagonismo. Um exemplo é Lady Bird, comédia da atriz e agora diretora Greta Gewig. Ano que vem, também podemos ter surpresas, como a indicação de Mulher Maravilha, que também tem uma mulher na direção, Patty Jenkins. A última — e única — diretora a ser premiada foi Kathryn Bigelow, há quase uma década.
“O maior sucesso do ano nos Estados Unidos é Mulher Maravilha. E é raro que esse tipo de blockbuster seja indicado, mas é capaz que tenhamos uma indicação até mesmo para melhor filme. Essas denúncias podem ter a ver com o sucesso do filme”, disse.
É possível que Casey Affleck seja desconvidado no Oscar do ano que vem, afirmam especialistas na indústria. Foto: Lucas Jackson/Reuters
Além da disputa por prêmios, os casos de abusos sexuais também devem causar repercussões nas cerimônias. Isso quer dizer que provavelmente haverá muito cuidado na escolha dos apresentadores. Tradicionalmente, a Academia convida os vencedores das categorias de atuação para conceder os prêmios do ano seguinte. O que significaria que Casey Affleck, acusado de dois casos de assédio, daria o Oscar à melhor atriz em 2018. Mas petições online já pedem que ele não seja chamado para a festa.
Villaça acredita que o descontentamento do público vai fazer com que o irmão de Ben Affleck seja desconvidado. “Ele ganhou no ano passado, mas o momento agora é outro. Esse vai ser um teste: se eles quebrarem essa tradição, acredito que realmente sinalizaria uma mudança”, disse.
A Academia do Oscar já deu sinais um novo tempo: no fim de outubro, Harvey Weinstein foi expulso da instituição, que prometeu estabelecer um novo código de conduta para avaliar denúncias contra membros. Villaça vê uma movimentação positiva nesse sentido. “Qualquer um desses caras acusados estava acostumado a agir com impunidade. Agora, eles não têm mais essa certeza e vão pensar um milhão de vezes antes de agir”.
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Veja personalidades que já se envolveram em casos de assédio ou abuso sexual
O assédio sexual cometido pelo ator José Mayer contra a figurinista Susllem Meneguzzi Tonani gerou protestos e tomou conta da mídia e das redes sociais. No entanto, o ator não foi o único artista, nem o primeiro, a assediar uma colega de trabalho. Personalidades em posições de destaque já foram diversas vezes acusadas em situações similares, mas nem sempre os casos tiveram tanta repercussão. Veja a seguir alguns outros exemplos de personalidades acusadas de assédio ou abuso sexual.
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José Mayer
José Mayer foi acusado de ter assediado Susllem Meneguzzi Tonani, que fez um relato em primeira pessoa no blog #AgoraÉQueSãoElas, do jornal 'Folha de S.Paulo'. A jovem afirma que o ator começou com 'brincadeiras' machistas e 'elogios' e, depois, teria tocado em sua genitália. No mesmo dia, ele negou as acusações e disse que as atitudes eram próprias de seu personagem em 'A Lei do Amor', Tião Bezerra. No entanto, poucos dias depois, após protesto de atrizes e funcionárias da Globo, o ator mudou sua versão em uma carta aberta. “Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço.”
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Michael Jackson
O rei do pop foi acusado por abuso de menores pela primeira vez em 1993, no chamado Caso Jordan Chandler, que teria 13 anos na época do crime. Em 2005, Michael foi denunciado novamente, mas por Wade Robson, coreógrafo de estrelas como Britney Spears e Justin Timberlake, que durante o julgamento de Michael, no entanto, testemunhou em defesa do cantor, negando as acusações. Em 2013, ele voltou atrás e desde então afirma que o astro o molestou. Há dois anos, Robson e James Safehuck, supostas vítimas de abuso de Michael, voltaram a oferecer denúncia no tribunal de Los Angeles. Os advogados de ambos alegam ter como provar que suas famílias receberam dinheiro da estrela do pop para que ficassem em silêncio.
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Donald Trump
Ainda durante a campanha presidencial de 2016, o jornal 'The New York Times' veiculou uma reportagem em que duas mulheres diziam ter sofrido assédio sexual do magnata entre os anos 1980 e 2000. Trump, que seria eleito dali a um mês, já havia, em vídeo anterior, feito comentários sexistas e dito que “fracassou” na tentativa de transar com uma mulher casada. O porta-voz do republicano classificou as acusações das supostas vítimas de “ficção”.
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Woody Allen
Em 2014, Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen, divulgou uma carta no jornal 'The New York Times' denunciando os supostos abusos cometidos pelo pai em 1992, quando tinha sete anos. Segundo a carta, Allen a levou para o sótão da casa e cometeu o abuso, o que levou a menina a contar para a mãe, Mia Farrow, que rompeu a relação com o diretor. Mas esse não é o único escândalo em que Woody Allen está envolvido. Em 1992, Mia Farrow descobriu que o ex-marido se relacionava com a Soon Yi Previn, filha adotada por ela antes do casamento com o diretor. Na época, Mia acusou o cineasta de abuso sexual pois ela havia encontrado fotos da filha nua no apartamento dele.
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Vin Diesel
Vin Diesel foi acusado de assediar a youtuber Carol Moreira durante a Comic Con Experience, em dezembro de 2016. O ator interrrompeu a entrevista trêz vezes com falas como: "Você é tão bonita", "Vamos sair daqui, vamos almoçar", "Eu te amo", "Estou apaixonado pela entrevistadora" e "Ela é muito sexy". A youtuber disse que não soube reagir, mas que se sentiu muito desconfortável. "Não foi legal, ele interrompeu meu trabalho." O ator usou sua página no Facebook para comentar o caso. "Como todos sabem, tento manter as minhas entrevistas mais brincalhonas e divertidas. Mas, se ofendi alguém, peço desculpas, pois nunca foi minha intenção."
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Alexandre Frota
Em 2015, durante entrevista ao programa ‘Agora É Tarde’, do apresentador Rafinha Bastos, Alexandre Frota contou um episódio em que visitou uma mãe de santo e manteve com ela uma relação sexual. Segundo o ator, ao observar a mulher de costas, deu início ao ato sexual e teria, inclusive, feito-a desmaiar após segurar com força o seu pescoço. Diante da repercussão do público, Frota se pronunciou dizendo que a história contada era uma 'piada'. “A mãe de santo é fictícia, por isso não menciono nome, porque não existe. A história fez parte do meu stand-up, no ano passado. É uma história contada em forma de piada, com humor”, disse ele ao portal iG.
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Roman Polanski
O diretor de cinema Roman Polanski foi condenado por estupro em 1977. Ele fotografava uma garota de 13 anos para um ensaio à revista 'Vogue' numa banheira quando lhe ofereceu champanhe e uma droga sedativa, na época conhecida por aumentar a excitação durante a relação sexual. Depois do ato, Polanski foi condenado nos EUA e se exilou na França. A garota, Samantha Geimer, hoje com 50 anos, não entendeu o ocorrido como um estupro, porque não foi contra sua vontade e sob ameaças. Ela só reconheceu o crime por conta da idade que tinha na época.
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Denny Masterson
Ator da série 'That 70's Show', Danny Masterson foi acusado no início de março por abuso sexual. Três mulheres sustentam que o artista cometeu esses crimes no início dos anos 2000, segundo informou a revista 'Variety'. O departamento policial de Los Angeles investiga o caso que, segundo a publicação, a Igreja da Cientologia tentou acobertar, já que as supostas vítimas, como Masterson, seguem a crença. O ator nega as acusações.
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Casey Affleck
Casey Affleck, vencedor do Oscar 2017 de melhor ator pelo filme 'Manchester à Beira-Mar', foi processado sob acusação de ter abusado sexualmente de Magdalena Gorka, que fazia parte da equipe de produção do documentário 'Joaquin Phoenix: I'm Still Here', dirigido por ele. Durante a gravação, toda a equipe ficou hospedada no apartamento do ator. Segundo Groka, no meio da noite ela acordou com Affleck deitado na cama junto com ela. Ele estava vestido apenas com roupas íntimas e uma camiseta. Além disso, ele estava com os braços em torno dela, acariciava suas costas, seu rosto estava muito próximo e seu hálito cheirava a álcool. Depois do ocorrido, Gorka decidiu que deixaria o projeto. Pouco tempo depois, ela voltou para a equipe pois a nova produtora Amanda White estaria no grupo. Mas o assédio continuou. Gorka teria sido maltratada e atacada verbalmente por Casey Affleck.
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Bill Cosby
Em dezembro de 2015, o humorista e comediante Bill Cosby recebeu um mandado de prisão expedido por crime de abuso sexual cometido contra Andrea Constand, uma massagista. No entanto, pagou fiança e no mesmo dia foi liberado. Em julho daquele ano, a 'New York Magazine' havia publicado em uma de suas capas uma imagem com 35 mulheres que denunciavam abusos sexuais que teriam sofrido de Cosby. Em 2016, a Justiça determinou que ele fosse a julgamento pelo caso de Constand.
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Alfred Hitchcock
Em biografia lançada no final de 2016, a atriz Tippi Hedren detalha os abusos que sofreu do diretor Alfred Hitchcock. A artista protagonizou 'Os Pássaros', longa de 1963 dirigido pelo cineasta. Além de, como relata a obra 'Tippi', privar a atriz de conversas com o resto dos membros da equipe durante pausas nas filmagens, Hitchcock também tentou beijá-la uma vez enquanto dividiam uma limusine. Em outro filme que fez sob o comando do diretor, Hedren afirmou que Hitchcock planejou uma porta que levava seu escritório diretamente ao camarim dela. Uma vez, escreve ela, ele a agarrou de forma bruta. “Foi sexual, foi perverso. Quanto mais eu lutava, mais agressivo ele ficava”, conta.
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Akon
Em 2008, o rapper Akon foi acusado de assediar sexualmente uma fã durante um show em Nova York que ocorreu no ano de 2007. Na ocasião, o cantor chamou uma fã no palco e simulou uma relação sexual com ela. Ele se declarou culpado e não foi preso; foi apenas condenado ao cumprimento de 65 horas de trabalhos comunitários e o pagamento de U$ 250.
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Biel
Durante uma entrevista em maio de 2016, o cantor assediou uma repórter, referindo-se a ela como "gostosinha" e afirmando que "a quebraria no meio" se mantivessem relações sexuais. Dias depois, Biel disse que estava "abismado com a intimação, sendo que a entrevista toda foi em clima descontraído e em nenhum momento ela (a repórter) se mostrou decepcionada com algo". O artista ainda afirmou que fez uma 'brincadeira' e completou: "Machista? Nem homem me considero ainda pra ser prepotente ao ponto. Sou um menino, menino que brinca, menino sem papas na língua, menino que sorri." O cantor e a jornalista fecharam um acordo em que Biel teria que pagar cinco salários mínimos a uma instituição de caridade. Como resultado da negociação, o processo deixou de existir.
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Shaquille O'Neal
Em 2010, o jogador de basquete foi acusado de assediar sexualmente a modelo Vanessa Lopez. Na época, Vanessa era representada pela advogada Gloria Allred, conhecida nos EUA, que não expôs os motivos da acusação, mas levou o caso à Justiça.
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Terry Richardson
Fotógrafo renomado de modelos como Gisele Bündchen e Kate Moss, Terry Richardson foi acusado de abuso pela primeira vez em 2009. A suposta vítima, Charlotte Waters, denunciou em um fórum anônimo que ele fez sessões de nudez com ela em março daquele ano. Após a polêmica criada, outras modelos novatas se manifestaram e Waters resolveu mostrar sua identidade. Outras acusações vieram à tona em 2014, ainda sem resolução judicial. Também em 2014, Richardson resolveu falar sobre a situação: “Acreditar em tais rumores não apenas é um desserviço ao espírito do esforço artístico, mas também, mais importante, às reais vítimas de exploração e abuso”, disse ele.
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John Travolta
Dois massagistas e um marinheiro acusaram o ator de tê-los assediado sexualmente. As denúncias ocorreram dentro de três dias, no mês de maio de 2012. Nas ações judiciais, os massagistas solicitavam indenização no valor de US$ 2 milhões. O marinheiro, o chileno Fabian Zanzi, disse que o ator ofereceu-lhe US$ 12 mil para que mantivessem relações sexuais. Na época, os advogados de Travolta negaram as acusações, chamando-as de “absurdas” e “ridículas”. Em 2013, Travolta foi inocentado pelo caso de Zanzi.
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Arnold Schwarzenegger
Durante as eleições para governador da Califórnia, em 2003, quinze mulheres acusaram o ator Arnold Schwarzenegger de assédio sexual. Quando haviam seis denúncias, Schwarzenegger veio a público para se desculpar: “Onde há fumaça há fogo — tudo isso é verdade”, afirmou. "O que quero dizer é que, sim, eu me comportei mal algumas vezes, mas hoje entendo que fiz mal para essas pessoas.” Mesmo com a polêmica, Schwarzenegger foi vencedor da eleição e se tornou governador do Estado.
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Charlie Sheen
Em 2014, o ator Charlie Sheen foi acusado de atacar uma dentista com uma faca e ter tirado seu avental para apalpar seus seios. A suspeita da polícia é que Sheen estivesse sob efeito de cocaína. O artista disse que as afirmações da dentista eram infundadas e sua reação teria sido ao uso da máscara de óxido nitroso durante a consulta.
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Laércio
O ex-BBB Laércio de Moura foi preso em maio de 2016, na cidade de Curitiba, sob acusação de estupro de vulnerável e por ter oferecido bebida alcóolica para menor. Há dez meses no cárcere, ele ainda espera julgamento, que está previsto para 2017. Na edição do 'Big Brother Brasil' daquele ano, Laércio afirmou que gostava de se relacionar com jovens da faixa dos 17, 18 e 20 anos. Nas redes sociais, ele era acusado de ser pedófilo por curtir fotos de menores de idade. Em um post, disse ser efebófilo, orientação em que o adulto possui preferência sexual por adolescentes na puberdade ou pós-puberdade.
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Jobson
Ex-Botafogo, o jogador foi preso no Pará sob denúncias de abuso cometido contra quatro menores. Laudos periciais indicam que o jogador estuprou duas meninas, enquanto outras duas afirmam que a relação foi consentida, embora estivessem sob efeitos de bebidas alcóolicas. Em segundo depoimento, uma das meninas afirmou que não havia sido estuprada. Jobson ficou 69 dias na prisão e foi solto após pagar R$ 22 mil em fiança. Atualmente, ele cumpre medidas judiciais.