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Visita de Brigitte Bardot ao Brasil em 1964 vira peça de teatro

Obra, que estreia no próximo dia 26, tem figurinos típicos dos anos 60 e fala de assédio dos fãs à atriz francesa durante temporada em praia de Búzios

Por Anna Rombino
Atualização:
Escrita pelo dramaturgo paulista Franz Keppler e protagonizada por Bruna Theddy, a obra abordará avinda da atriz francesa ao País para conhecer uma praia paradisíaca em Búzios. Durante a temporada na cidade, ela sofreu uma perseguição incansável de fãs e fotógrafos. Foto: Jefferson Pancieri

A visita de Brigitte Bardot ao Brasil em 1964 é o tema da peça "Com amor, Brigitte", cuja estreia em São Paulo está prevista para o próximo dia 26, no Pequeno Auditório do MASP. Escrita pelo dramaturgo paulista Franz Keppler e protagonizada por Bruna Theddy, a obra abordará a vinda da atriz francesa ao País para conhecer uma praia paradisíaca em Búzios. Durante a temporada na cidade, ela sofreu uma perseguição incansável de fãs e fotógrafos. Depois de sua passagem, a cidade virou um destino turístico para pessoas do mundo todo.   

Por se tratar de uma ficção baseada em eventos reais, o figurinista Zé Henrique de Paula recriou o estilo da atriz com criatividade, usando peças que eram recorrentes no guarda roupa da musa nos anos 60, como lenços e minissaias. "Mas ele fez isso sem copiá-las, criando uma identidade própria para a personagem na peça", diz a atriz Bruna Theddy. Os comprimentos míni, os shapes em A e as cores vibrantes dominam os looks.   

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Um sobretudo amarelo, por exemplo, faz par com lenço de estampa psicodélica usado na cabeça na cena em que atriz francesa se esconde dos paparazzi. O estilo feminino e sexy da década é traduzido ainda em vestidinhos combinados a botas de cano alto. O cabelo dourado meio preso, com volume na parte de trás - marca registrada de Brigitte Bardot que influencia a beleza até hoje -, mereceu atenção especial: em cena, Bruna Theddy lança mão de uma peruca volumosa, feita com fios sintéticos. 

A ideia de produzir uma peça sobre esse tema partiu do interesse de Keppler, da atriz Bruna Theddy e do diretor Fábio Ock na vida de Brigitte Bardot."O principal debate é de que maneira a exposição reflete na vida pessoal. Como uma pessoa reage a isso?", questiona o dramaturgo. Brigitte foi uma das primeiras celebridades a sofrer com o assédio de jornalistas e fotógrafos, que ainda não eram chamados de paparazzi. Em uma de suas biografias, a francesa conta que, quando estava grávida prestes a dar à luz seu filho Nicolas, em 1960, repórteres alugavam os apartamentos em torno da residência dela, em Paris, para tentar flagar momentos íntimos. O histórico de perseguições tornou-se um dos pontos decisivos para Brigitte abandonar a carreira de atriz e se dedicar ao ativismo pelo direitos dos animais. 

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