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Vida longa ao jeans 

Com origem na classe operária, a calça jeans conquistou o mundo. As vendas da peça patinaram nos últimos anos, mas a geração Millenium parece ter redescoberto o clássico que agora aparece em novas versões

Por Alex Tudela
Atualização:
Como outras grandes inovações americanas, o jeans nasceu de uma mistura de influências de todo o mundo.Blazer Margaret Howell, US$1,340; Cardigan Comme des Garçons, US$445; Regata Special Delivery NYC, US$62; Calça Jeans Gucci, US$750; Sapato Fendi, US$1,000, Cinto Lanvin belt, US$490 Foto: Clement Pascal/The New York Times

Como outras grandes inovações americanas, o jeans nasceu de uma mistura de influências de todo o mundo. O tecido surgiu dos uniformes de trabalho mais rústicos feitos por alfaiates de Nîmes, na França, e o nome 'jeans' provavelmente está relacionado ao som de Gênova, cidade italiana onde havia calças similarmente resistentes. Nos Estados Unidos, começaram a aparecer em São Francisco, durante os anos que se seguiram à corrida do ouro, em 1849, quando o atacadista Levi Strauss, nascido na Baviera, na Alemanha, passou a vender o denim, um tipo de brim vindo da França.

O modelo como conhecemos hoje surgiu pouco depois, quando um de seus clientes, o alfaiate Jacob Davis, que viera da Letônia para os Estados Unidos, decidiu adicionar rebites metálicos às calças de trabalho que confeccionava. Em 1873, o Departamento de Patentes dos Estados Unidos emitiu a patente nº 139.121 para Jacob Davis e seu novo sócio, Levi Strauss. No documento, o alfaiate descreve sua invenção como “um par de calças amplas, com as aberturas dos bolsos em cada lado protegidas por rebites”.

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A partir daí surgiu a que é, provavelmente, a maior contribuição dos Estados Unidos para a moda. De James Dean a Jay Z, o jeans conquistou quase todo mundo, transmitindo uma ideia democrática de conforto e casualidade na medida. Mas para ir das calças parecidas com bombachas, usadas pelos operários, aos modelos tecnológicos fabricados hoje por marcas de luxo como Prada e Moncler, muita história rolou. 

Nos últimos anos, de acordo com estudo do NPD Group, que monitora os hábitos de gastos do consumidor, as vendas totais de jeans caíram nos Estados Unidos - o fato curioso é que a queda não afeta a nova geração de consumidores. Ao contrário, eles vêm gastando mais na compra de jeans - e provavelmente abrindo o caminho para novas versões dele. Tradução de Terezinha Martino 

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