'Ser modelo nunca me definiu', diz Gisele

Brasileira é a capa da edição de julho da Vogue América

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Por Redação
Atualização:
Gisele fala sobre sua relação com a causa ambiental em entrevista à publicação Foto: Eduardo Munoz/REUTERS

Gisele Bündchen é a estrela da edição de julho da revista Vogue dos EUA, fotografada pela dupla de fotógrafos holandeses Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. Em entrevista à publicação, ela faz questão de se distanciar do título de modelo. “Ser modelo é um trabalho que eu faço, uma carreira que tenho. É algo que me permitiu conhecer o mundo, e fui bem paga por isso, mas nunca me definiu”, afirma. 

Hoje, aos 37 anos, a gaúcha quer ser reconhecida por seu trabalho como ativista pela causa ambiental. Em 2004, Gisele e sua família lançaram o Projeto Água Limpa, iniciativa que recupera rio e nascentes do Rio Grande do Sul com foco na preservação da qualidade da água da região de Horizontina, sua cidade natal. A supermodelo também já participou da série documental Years of Living Dangerously, do canal National Geographic, em que explora as conexões entre o desmatamento e as mudanças climáticas em plena Amazônia. Desde 2009, é também embaixadora da boa-vontade da Organização das Nações Unidas (ONU) e, em setembro do ano passado, foi convidada pelo presidente francês Emmanuel Macron para falar a líderes locais sobre a contaminação do abastecimento de água. 

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Agora, Gisele quer levar seu ativismo à indústria da moda. No baile do Met deste ano, ela usou o primeiro vestido sustentável da Versace, produto de um encontro promovido pela própria modelo entre Donatella Versace, diretora criativa da grife, e Livia Firth, especialista em moda sustentável e amiga pessoal da brasileira. A peça foi feita com seda orgânica tingida de forma não-agressiva à natureza. 

“As pessoas esquecem que sem um ambiente saudável não há humanos saudáveis, porque, até onde eu me lembro, nossa vida depende da saúde do nosso planeta, ponto. No fim do dia, a Terra vai ficar bem. Se nós acabarmos, ela vai se regenerar. Então temos que pensar em como sobreviver aqui. Como ter o menor impacto possível?”, questiona. “A moda é uma indústria trilionária. Nós temos os meios. Só precisamos querer fazer isso”. 

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