O estilo sexy de Kim Kardashian no Brasil

Em entrevista exclusiva, a americana fala sobre padrões de beleza, moda e superexposição. Saiba mais sobre a coleção lançada por ela em São Paulo e os detalhes de sua passagem pela cidade

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Por Giovana Romani
Atualização:
Foto da campanha da coleção de Kim Kardashian para a C&A, clicada em Los Angeles Foto: Divulgação

A noite da última segunda, 11, foi tumultuada no shopping Morumbi, em São Paulo. Fãs enlouquecidos começaram a formar uma fila na porta do local no dia anterior para tentar chegar perto de sua musa, a celebridade americana Kim Kardashian, que esteve no Brasil para lançar uma coleção de roupas para a C&A. Apesar dos gritos e da histeria, a maior parte dos tietes ficou do lado de fora: apenas convidados (cerca de 400) puderam ter acesso à pré-venda da linha, que chega às lojas oficialmente no próximo dia 21. "Adoro o Brasil, pena que fiquei aqui apenas uma noite", disse Kim, horas antes, em entrevista exclusiva ao Estadão. Do evento no Morumbi, ela seguiu de carro para o hotel Sheraton WTC, próximo dali, onde pegou um helicóptero rumo ao aeroporto ao lado de sua equipe (além da empresária, um maquiador, um cabeleireiro e um segurança) - o voo de volta a Los Angeles estava marcado para as 22h30.

Durante o lançamento, Kim exibiu suas curvas voluptuosas em um vestido preto justo, um dos 20 modelos da coleção da C&A. Com preços entre R$ 25,90 e R$ 189, as peças prometem fazer sucesso por aqui graças aos tecidos estruturados - "que deixam tudo no lugar" - e aos tops curtos e saias de cintura alta. "Entendo o tipo de corpo da brasileira e quis fazer roupas simples, que não ofuscassem quem as vestisse", afirmou. Na conversa, Kim mostrou-se assertiva e doce, porém reservada e distante. Por mais que exponha sua vida na internet e em um reality show na TV, o 'Keeping Up With the Kardashians', ela prefere não se alongar em questões pessoais e tem um cuidado extremo com sua imagem. Retoca a maquiagem a cada foto e contou que recebe uma costureira em casa três vezes por semana para ajustar suas roupas.

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Pode-se dizer que o mundo das celebridades é dividido em antes e depois de Kim Kardashian. Ela não é atriz, modelo nem cantora, mas acaba de ser eleita pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Seu mérito está em saber usar as ferramentas de uma sociedade em que a internet domina as relações. Todos querem conferir a vida alheia no Instagram? As portas da intimidade da estrela estão abertas para seus 32,3 milhões de seguidores. Só se fala em selfies? Kim inventa um livro apenas com esse tipo de imagem, recém-lançado nos Estados Unidos. Os aplicativos são o negócio do presente? Ela também tem seu próprio, um dos games mais rentáveis do ano passado. Referência para mulheres de todo o mundo, inclusive do Brasil, as curvas em abundância também são um fator determinante para o sucesso. Como ela mesma conta na entrevista a seguir. 

Você conhecia a beleza da brasileira quando aceitou a fazer a coleção?

Estive no Brasil há dois anos e fiquei fascinada. Sinto que realmente entendo o tipo de corpo da brasileira e pensei em roupas simples que não ofuscassem quem as vestisse. Afinal as garotas do Brasil são tão lindas...

Hoje, você se considera um exemplo para mulheres que têm o corpo fora do padrão da moda?

Sim. Quando estava crescendo, não tinha em quem me inspirar, não existiam celebridades que representassem meu tipo de corpo. Mais tarde, surgiram artistas mais curvilíneas e isso me ajudou a assumir minhas curvas e me sentir confortável comigo mesma. Espero que as mulheres se sintam assim, com orgulho do corpo que elas têm, tentando acentuar as partes que gostam e esconder as que não gostam.

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Com quem você se identificava na adolescência?

Quando estava no colegial comecei a ver Jennifer Lopez. Ela tinha todas aquelas curvas e era pequena ao mesmo tempo. Eu a amei logo de cara.

Você já tentou lutar contra seu tipo físico, fazendo dietas malucas ou algo assim?

Usava calças jeans muito apertadas para tentar fazer meu bumbum parecer menor. Eu tinha até que vestir uma camisa larga porque a calça apertava tanto que acima tudo vazava. Depois percebi que não dava, era desconfortável.

Por que você acha que se tornou um ícone de moda?

Não sou magra nem alta. Vestir o meu tipo de corpo é um desafio para os estilistas. Além disso, gosto de experimentar e testar coisas novas.

Como no baile do Met, certo?

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Sim! Mandei as referências e o Peter Dundas, estilista da marca Roberto Cavalli, gostou da ideia e fez o vestido. Fiz quatro provas e cada uma levou duas horas. Queria ter certeza de que todos os cristais estavam no lugar certo, pois o vestido era realmente transparente. 

Você tem um reality show e divide muito de sua vida no Instagram. Há algo que mantenha privado?

Não tiro fotos quando vou ao banheiro ou tomo banho. Acho que é só isso. Todo o resto eu compartilho (risos). Mas na verdade tenho muitos momentos de privacidade com minha filha e meu marido. Acho que encontro um equilíbrio. Mostro bastante, mas tento ter uma vida calma em casa.

Alguma vez você já se sentiu cansada da superexposição ou com medo dela?

A exposição faz parte do trabalho e eu sei ao que me pré-dispus. Há momentos em que é um pouco demais, mas sei exatamente quando preciso tirar um tempo para mim.

Como você definiria sua personalidade em poucas palavras?

Calma, doce, leal e ponderada.

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Você sempre sonhou com o sucesso?

Não exatamente. Tenho sorte e sou abençoada por poder viver essa vida. Mas penso que tudo pode ir embora a qualquer segundo, então aproveito ao máximo os lugares a que vou e as pessoas que conheço. 

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