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Modelos internacionais ganham espaço na moda brasileira

Marcas daqui deixam as tops nacionais de lado e apostam cada vez mais em beldades gringas para estampar suas campanhas

Por Marina Domingues
Atualização:
Cara Delevingne na campanha de Verão 2015 da Bo.Bô Foto: Divulgação

Gisele Bündchen, Adriana Lima e Izabel Goulart. Esses são apenas alguns nomes de modelos brasileiras que figuram em nove entre dez capas de revistas de moda do mundo afora - e a primeira já foi premiada diversas vezes com títulos de mais bem paga, mais sexy e já ganhou até menção no Guinness Book. Por essas e outras é inegável o poder nacional nas passarelas e a fama universal da beleza das garotas daqui, vide a quantidade de angels brasileiras no desfile anual da Victoria’s Secret. Mas de uns tempos pra cá um movimento reverso vem acontecendo: marcas nacionais têm apostado em tops gringas para estrelar campanhas. 

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Na coleção de verão 2015, os exemplos não são poucos: Cara Delevigne na Bo.Bô, Irina Shayk na Triton, Candice Swanepoel na Forum, Sonya Gorelova na Animale, Toni Garrn na Água de Coco e Kate Bogucharskaia na Letage. Percebeu um padrão? Elas invadiram a cena nacional, e, de acordo com Rodrigo Bonfiglioli, diretor de estilo da Letage, essa onda só cresce e é para lá de positiva para as grifes. “A primeira vez que trabalhamos com uma imagem internacional foi com a alemã Charlott Cordes, há quatro anos”, lembra Rodrigo. “Daí em diante seguimos investindo nessa ideia. Nossa escolha é sempre por um rosto novo, que traz frescor a cada campanha. Buscamos isso com modelos que nunca trabalharam no Brasil.” 

A marca, que atinge uma faixa de mulheres entre 25 e 45 anos, prefere rostos que estejam de acordo com o público, o que cria um desejo ainda maior pelas peças. Além de gerar repercussão e mídia, optar por nomes de fora agrega força às imagens, devido a experiência internacional dessas meninas, e no fim das contas dá credibilidade e admiração. “Claro que tudo isso depende de que modelos estamos falando, as tops super famosas gringas são caríssimas. Porém, as menos conhecidas muitas vezes saem mais barato que as brasileiras de primeiro escalão”, explica. 

Outro exemplo de marca que elegeu um rosto novo para sua imagem é a Água de Coco, mas, no caso da grife de beachwear, a razão foi diferente. “Optamos por uma modelo internacional porque estamos em um forte momento de expansão e internacionalização”, explica Renato Thomaz, diretor de marketing da label. Renato, que é filho da diretora da marca, Liana Thomaz, define o momento como ideal para tornar o nome internacional, já que o Brasil está na moda em todos os sentidos. E na Água de Coco nem sempre as modelos escaladas são rostos conhecidos do mundo fashion, mas, só o fato de estrelarem a campanha de uma grande grife brasileira, faz com que elas passem a ser conhecidas por aqui, afinal, geram uma curiosidade natural no cliente. “A partir do momento em que se tem um nome internacional, você leva a marca a ser reconhecida por um novo público. Por isso, mais do que influenciar, você aumenta o círculo de consumidores da marca”, diz o diretor. Seja para trazer mais frescor ou um ar estrangeiro, a verdade é que deixamos o ziriguidum de lado - pelo menos por enquanto.

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