O mercado de beleza no Brasil é enorme. Depois de Estados Unidos e Japão, ele ocupa uma respeitável terceira posição global e tem tudo para subir no pódio com velocidade. Isso porque a lacuna de mercado entre os produtos extremamente luxuosos e os muitos populares começa a ser preenchida por uma nova safra de marcas estrangeiras com preços intermediários. Entre elas, está a grega Korres, que chega com uma estratégia agressiva para oferecer às brasileiras (e, por que não, aos brasileiros) itens de qualidade com valor acessível.
A Korres já é bem conhecida dos jet-setters: os cremes e xampus de frutas podem ser encontrados em hotéis-butique de praias exóticas do Mediterrâneo e em sofisticadas lojas de departamento em Londres, como a Harvey Nichols. Além disso, celebridades do porte de Angelina Jolie e Rihanna são fãs declaradas dos produtos. No Brasil, a marca posiciona-se de forma democrática com a ambição de conquistar uma fatia ampla do mercado. Para seu lançamento,a empresa levou cinco influenciadoras digitais (incluindo a estrela global Cleo Pires) a Atenas e Santorini para que elas pudessem conhecer de perto a história da marca e repassá-la a seus milhões de seguidores nas redes sociais. Durante a viagem, conversei com o argentino Martin Maggio, diretor executivo da Korres na América Latina, a fim de entender melhor o conceito e o novo posicionamento da empresa no Brasil.
Por que apostar no Brasil, um mercado em crise e tão saturado de marcas de beleza? Já faz tempo que a Korres tem interesse no mercado brasileiro, não só pelo potencial do segmento, mas também porque existem muitas semelhanças climáticas e culturais entre Brasil e Grécia. Os tipos de pele são bem parecidos. E acreditamos ter uma proposta de marca suficientemente inovadora e diferenciada para nos destacar nesse cenário tão competitivo.
Qual a faixa de preço dos produtos?Temos desde produtos para o corpo a partir de R$ 24 até fragrâncias de R$ 118. Um dos best sellers mundiais da marca, o creme iluminador Wild Rose, sairá por R$ 89. Os ingredientes utilizados na fabricação serão 100% importados, adquiridos dos mesmos fornecedores da marca na Grécia. Porém, os produtos serão feitos localmente, o que garantirá preços bastante acessíveis. Com isso, esperamos atingir um público bastante amplo das classes A, B e C.
Quem são seus concorrentes diretos? Considerando o público que iremos atingir e o modelo de negócio, acredito que Natura, Boticário e Mary Kay estão entre os nossos principais concorrentes. Muito embora, a internacionalidade da marca e as formulações com ingredientes naturais se relacionem também com empresas como L'Occitane, Kiehls e Aesop.