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Jardim mágico da Gucci inicia a Semana de Moda de Milão

Alessandro Michele apresenta coleção lúdica inspirada em plantas e animais na quarta-feira, 22

Por reuters
Atualização:
Desfile de inverno 2017/2018 da Gucci. Foto: AFP PHOTO / GIUSEPPE CACACE

A Gucci abriu a Semana de Moda de Milão na quarta-feira, 22, com um jardim encantado, inspirado em seres e plantas em um ‘laboratório antimoderno’. Referências dos anos 1990 estavam no outono/inverno da marca.

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Depois de Nova York e Londres, a capital da moda italiana será o cenário para os seis dias de desfiles, exposições, festas e eventos, enquanto a elite do meio, designers, blogueiros e veículos de comunicação se reúnem.

A maior marca do grupo gigante de luxo francês Kering, iniciou a extravagância mostrando roupas com flores, insetos, animais e símbolos, com modelos andando em uma pista de vidro elevado em torno de uma pirâmide de prata.

Alessandro Michele apresentou um jardim encantado. Foto: AFP PHOTO / GIUSEPPE CACACE

Os looks feitos por Alessandro Michele, diretor criativo desde janeiro de 2015, foram inspirados em um "Jardim de alquimistas, um lugar mágico ... onde contradições aparentes vivem juntas", disse no release.

A primeira modelo usava uma longa saia pregueada branca combinada com um cardigã longo branco e preto e um top vermelho com um grande colar de pérolas, em uma produção clássica.

Mas o estilo conservador logo se quebrou com meninas que se cobriram com sombrinhas largas, calças brilhantes, vestidos longos e floridos, modelos com a cabeça coberta de balaclavas, homens de shorts e capuz bordado.

Michele, que renovou a marca dando-lhe uma identidade forte e um olhar vintage, mas chique, insiste na "complexidade da existência e na sua ambivalência e dualismos", como disse no release.

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Algumas peças ganharam escritos que passavam mensagens. Foto: AFP PHOTO / GIUSEPPE CACACE

Do outro lado, modelos usavam looks masculinos, inspirados na moda dos anos 1990. As produções eram principalmente de tartã, tweeds, lã e cashmere em tons de preto, cinza, azul e branco, com amarelo e vinho salpicados.

Saias curtas com cintos cravejados, leggings com zíper, casacos masculinos decorados com bordados, lembrando a bem-sucedida coleção de primavera-verão, também apareceram.

"Visitamos a moda francesa e italiana da década de 1990 e a trouxemos de volta aos nossos dias", disse Tommaso Aquilani, um dos dois diretores criativos da marca desde 2010.

A receita da indústria da moda italiana aumentou 1,9% no ano passado, superando as expectativas, e a previsão é que continue crescendo em 2017, apesar da incerteza sobre as políticas comerciais do governo Trump e o impacto do Brexit, de acordo com a associação nacional de moda.

As principais 140 empresas de moda do país tiveram vendas totais de quase 63 bilhões de euros em 2015, ou 4% do PIB da Itália, de acordo com um relatório da unidade de pesquisa da Mediobanca Securities.

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