Ninguém gosta de chegar a uma festa e encontrar outra pessoa com uma roupa idêntica. Portanto, dá para imaginar a saia justa que rolou entre as marcas Cavalera e Osklen, que escolheram o mesmo tema para os seus desfiles: no caso, tribos indígenas que vivem no Acre, perto da fronteira com o Peru.
A similaridade pode ser notada de cara nos convites de ambas, que trazem desenhos indígenas em preto, branco e vermelho. "Foi pura coincidência", diz Oskar Metsavaht, estilista da Osklen, que é embaixador da Unesco e ativista da causa ambiental. "Minha relação com a Floresta Amazônica vem desde os anos 1990 e tenho projetos de cunho ecológico há muito tempo."
O desfile da grife, marcado para a manhã desta terça, 14, ocorrerá em uma galeria de arte para poucos convidados. Enquanto nesta segunda, 13, para o desfile da Cavaleva, o diretor criativo Albeto Hiar, conhecido como Turco Louco, trouxe 20 índios - 17 que nunca haviam saído da tribo - com intuito de promover uma performance durante o desfile, encenando um “ritual de purificação” no meio do Parque Villa-Lobos.
"Fiquei 3 dias lá. Olhamos para formigas, cupinzeiros e sentimos que aquilo poderia virar referência para nossa coleção”, diz Hiar. Estamos muito impressionados com tudo isso.