PUBLICIDADE

Carboxiterapia promete reduzir a flacidez com injeções de gás carbônico

Veja como funciona e tire suas dúvidas sobre o tratamento estético que também trata celulites e atenua a aparência das estrias

Por Giuliana Mesquista
Atualização:
As aplicações de dióxido de carbono estimulam a produção de colágeno 

Quem tem pavor de agulhas pode ficar longe da carboxiterapia. Por prometer melhorar a flacidez da pele, diminuir a celulite e atenuar a aparência das estrias, o procedimento, que é um dos mais tradicionais das clínicas de estética, vem ganhando novos adeptos. O tratamento consiste na aplicação de injeções de gás carbônico na segunda camada da pele e foi criada, a princípio, para solucionar problemas arteriais e de cicatrização. Passou a ser usado para fins estéticos pois o dióxido de carbono distende a pele e estimula a formação de colágeno. “Trata-se de um procedimento atóxico e simples, que impulsiona o metabolismo celular sem agredir o organismo”, afirma a dermatologista Ana Luísa Vilela Barbosa, de São Paulo.

PUBLICIDADE

Como o colágeno devolve a elasticidade da pele, a principal indicação da carboxiterapia é para a flacidez de áreas como a barriga, a face interna das coxas, o bumbum e até o rosto e o pescoço. Ela também rompe as traves fibrosas e reduz a celulite, além de melhorar a vascularização, o que garante uma aparência menos avermelhada às estrias. A técnica ainda é recomendada para pessoas com cicatrizes, queimaduras e úlceras na pele.

 A carboxiterapia, porém, não age de forma eficaz no combate à gordura localizada. “A aplicação se dá no tecido subcutâneo e não atinge o tecido adiposo, daí sua ação ser mais discreta no que diz respeito à queima de gordura”, explica Ana Luísa. Apesar de simples, o tratamento é dolorido. “Além da dor, há a possibilidade da formação de hematomas e edemas após o procedimento”, diz a médica Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology. Isso porque as injeções podem provocar a ruptura dos vasos sanguíneos. Deve-se ainda procurar uma clínica confiável em que o material utilizado seja esterilizado corretamente, o que diminui o risco de infecção.

Entre os próprios dermatologistas, não há unanimidade quanto a eficácia da carboxiterapia, já que os resultados são mais empíricos do que cientificamente comprovados. Quem já testou a técnica garante que ela funciona, sobretudo se combinada a exercícios físicos regulares e noa alimentação. “Não é milagrosa, mas é muito boa para a flacidez”, diz a analista de marketing Jennifer Rizk, que se submeteu recentemente ao tratamento. “Quando comecei a fazer, ia bastante à academia e comia superbem, então a melhora da pele era visível.” 

Não são todos que podem recorrer às aplicações de gás carbônico. A carboxiterapia é contraindicada para pessoas com insuficiência pulmonar grave e infecção de pele, além de grávidas e intolerantes a dor. “O ideal sempre é que um médico especialista indique o tratamento”, ressalta a dermatologista Ana Luísa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.