Não é de hoje que um belo colar e um brinco poderoso têm o poder de deixar qualquer look básico mais completo. Mas uma nova categoria de bijuteria vem ganhando espaço nas vitrines e nas vitrines de grandes marcas: as bijoux de luxo, que saem do casual para compor produções festivas e sofisticadas. Grifes tradicionais como Lanvin, Dolce & Gabbana, e Diane von Furstenberg são algumas das que contam com linhas de brincos, colares, pulseiras e aneis grandes, chamativos, repletos de aplicação de pedras e cristais.
Em sua última coleção, a estilista venezuelana Carolina Herrera apresentou uma linha cápsula de bijoux finas, desenvolvidas com acabamento em ouro velho, cristais e pérolas.Na loja da grife, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, as peças formam combinações elegantes com tailleurs formais, bolsas clássicas e vestidos chiques. É isso mesmo. As bijoux enormes, que sempre fizeram sucesso entre as brasileiras e são vendidas aos montes na rua 25 de março, agora ganharam o aval da turma da moda para circular até em eventos sofisticados, ao lado de um traje de gala glamouroso.
“Um brinco grande dá um toque especial em roupas básicas, como jeans e camiseta, e fica ótimos também com vestidos de festa”, afirma Luiza Setubal, empresária à frente da marca de acessórios Lool. “Aliás, depois que criamos nossa linha de festa, as vendas subiram muito.” Em suas lojas, Luiza vende peças de fabricação própria - que custam em média 400 reais - e de designers estrangeiros renomados, como Butler & Wilson, Tom Binns e Shourouk. Os preços dos itens criados pelos três últimos passam bem longe dos encontrados no comércio. Um colar inteiro de cristais do inglês Tom Binns pode chegar a 10 mil reais - valor semelhante ao dos itens mais sofisticados da francesa Shourouk, que tem entre suas clientes famosas as atrizes Sarah Jessica Parker e Blake Lively.
Parisiense de origem tunisiana, Shourouk foi uma das responsáveis por elevar o status das peças de metal, resina e cristal. Tanto que versões mais baratas de seu estilo são facilmente encontradas nas redes de fast fashion Forever 21, Topshop e Zara. Outro precursor da tendência, Tom Binns já fez celebridades do porte de Julia Roberts e Rihanna preterirem joalherias tradicionais em aparições no red carpet. Também conseguiu que a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, usasse um colar colorido feito por ele durante um jantar com a rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckinham. “Hoje é possível encontrar bijuteria com cara de joia e joia com cara de bijuteria, o que importa é usar algo que deixe seu estilo autêntico”, diz Luiza Setúbal.
Combinação fina
Misturar joias e bijuterias finas pode? Sim. Vale lembrar que Gabrielle Chanel já fazia isso nos anos 20, ao usar longos colares de pérolas falsas com correntes de ouro. A dica aqui é não abusar da quantidade de acessórios e preferir peças de estilos semelhantes.