A vez do fast fashion 2.0

Grupo paranaense lança marca jovem para competir com grandes redes e se reposiciona no mercado

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Por Helena Tarozzo
Atualização:
Com velocidade, a Lebôh levará tendências de moda a cidades do interior do país via multimarcas Foto: Bruno Bralfper/Divulgação

Em tempos que o movimento da moda anda tão rápido quanto o de uma curtida no Facebook ou do upload de um foto no Instagram, marcas conceituadas investem em maneiras cada vez mais versáteis de acompanhar esse ritmo veloz e trazer novidadesalém do que foi visto nas passarelas. Enquanto grifes de luxo criam estratégias para aproximar o cliente da classe média, como lojas pop up de acessórios e maquiagens, redes de fast fashion apostam em parcerias exclusivas com artistas e outros estilistas para dar um ar mais glamouroso às suas peças. No Brasil, um pouco de cada uma dessas táticas de mercado foram adotadas pelas empresas nacionais, que se desdobram com novos planos de venda e publicidade para competir com as brands de luxo e com grandes empresas como Zara, Topshop e Forever 21.

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Para bater de frente com essas movimentações, o grupo paranaense Morena Rosa, dono das marcas Maria Valentina, Zinco, Joy e a homônima Morena Rosa, dá um passo ousado e lança a Lebôh, uma etiqueta jovem de fast fashion. “Aos poucos nós percebemos que havia espaço para uma marca de ciclo curto, que traz as tendências antes de todos e, ao mesmo tempo, mantém a qualidade do nosso Grupo”, explica Lucas Franzato, diretor de mercado do Grupo Morena Rosa.

A ideia é fazer tudo rápido, em uma cadeia produtiva de até 75 dias, com informação de moda, mas com qualidade diferente das tradicionais fast fashion - as quais muitas vezes pecam nesse quesito. E ao contrário dessas lojas, a produção da Lebôh será enxuta, com poucas quantidades por modelo de peça, o que favorece a produtividade e dá um status de exclusividade a cada coleção.

A tendência artsy é uma das que a marca aposta na primeira coleção Foto: Bruno Bralfper/Divulgação

A velocidade é o principal diferencial da nova marca. E o tempo curto é um desafio que a equipe da Lebôh dribla ao se apoiar na estrutura do Grupo paranaense, que possui um faturamento anual de R$ 450 milhões e tem base suficiente de produção e distribuição eficientes.

O nome da marca vem da expressão francesa “les bohemes”, já a inspiração e a parte criativa vem toda da rua. “Sento em um banquinho num café, ou numa praça e presto atenção naquilo que as pessoas estão usando. De um lenço de uma menina que vi uma vez surgiu uma das nossas estampas, por exemplo.”, conta a estilista Priscila Simões. Entre as estratégias para o futuro estão uma possível parceria com um famoso estilista brasileiro, com artistas e uma designer de chapéus. 

Os investimentos ainda contam com a inauguração de uma loja temporária da marca na Rua Oscar Freire, prevista para o dia 23 de julho próximo, um aplicativo e um e-commerce. Além disso, eles já começam com 600 pontos de venda, sendo 34 representantes contratados, em sua maioria exclusivo e independente das outras marcas do grupo. “A ideia é levar o que é tendência para cidades pequenas do interior de São Paulo e fora das capitais, que não possuem contato com essa nova moda.”, diz Franzato. 

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