A Moda e a Cidade: Mariah Rovery

A designer dos acessórios mais cool do momento fala sobre sua relação de moda com o Itaim, bairro que escolheu como segunda casa

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Por Marina Domingues
Atualização:
A designer Mariah Rovery, que elege o Itaim como bairro de compras e negócios em São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

Se existe uma palavra que pode definir Mariah Rovery é inquieta -no melhor sentido da palavra. Ela é de Cascavel, no Paraná, cresceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mas logo se mudou para a capital, para concluir os estudos. Dez anos depois e a designer hoje passa longe do tema de sua graduação, o curso de Publicidade. Há cerca de dois anos, Mariah estourou no mundo da moda com sua coleção de joias baseadas em insetos, a Bugs Life. A paranaense já desenhava acessórios na época, mas foi a inquietude que a fez procurar uma inspiração diferente e única. “Queria fazer uma coisa que ninguém tinha sonhado em fazer”, conta. Para marcar as peças, ela coloca um rubi em todas, como uma forma de assinatura. Depois disso veio outra inovação, a linha Flex Jewels, de bijoux feitas em um material flexível com textura emborrachada, que virou hit absoluto e queridinha das it-girls. A família cresceu, com coleções inspiradas no fundo do mar, na aurora boreal, no degelo das calotas polares e por aí vai. Ligada no 220, Mariah entrega seu amor pela rotina caótica de São Paulo e, principalmente, pelo bairro do Itaim. Sempre correndo de uma reunião para outra, a designer encontra um tempo na agenda para abastecer o closet que, confessa, funciona como pano de fundo para deixar suas joias brilharem. 

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Qual é sua relação com o Itaim? Apesar de morar em Higienópolis, sempre trabalhei aqui. E como é um bairro de muitos negócios, então não tem como evitar. Muitas empresas estão aqui, aí as reuniões são aqui e aproveito para resolver outras coisas, para agilizar a rotina. 

E você observa o estilo da região? O Itaim traduz São Paulo, é um bairro muito metropolitano. Então as pessoas estão sempre com pressa, vestidas com roupa social, um perfil mais corporativo. Sinto que é o coração da cidade, sabe? E é um estilo de vida mais agitado, todo mundo que trabalha muito leva esse ritmo, e aqui é constante.É uma sensação de estar cercada de workaholics. 

Você compra por aqui? A verdade é que eu compro quando dá tempo, e como fico muito por aqui acabo comprando. Mas também sou fã de e-commerce, que tem tudo a ver com essa rotina acelerada, de não ter espaço na agenda para parar durante o dia e olhar as lojas. 

Mas quando você tem tempo... Ah, aí eu vou em lojas que eu sempre amei, como a Paula Raia, que é aqui no Itaim. E para achados e coisas diferentes, vou na Choix, que tem um mix de marcas muito legal, além de misturar roupas com acessórios, décor, livros. É um ponto muito cool do bairro e da cidade. E também tem o Prédio das Heras, que também tem isso de ter várias marcas em um só lugar, como a Pynablu, da Antonela Frugiuele. 

Fora daqui, em que outro lugar da cidade você gosta de comprar? Gostava muito dos Jardins, mas muitas lojas fecharam no bairro. A Carol Bassi, por exemplo, eu gosto, e o ateliê dela é lá. E confesso que vou muito na Zara do Cidade Jardim, que é a mais vazia. E sempre aposto nos mais básicos, minhas peças já chamam muita atenção.

Mas você costuma passear em shoppings? Não, sou muito acelerada para ir ao shopping à toa, sabe? Vou para resolver e, nesse caso, já sei onde ir. E aqui no Itaim paro nas lojas que encontro no caminho, quando tem alguma coisa que desperta o olhar. Agora estou viciada em camisetas, quando vejo alguma vitrine com modelos bacanas, entro para conferir. 

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E para comprar roupa de festa? Sou muito difícil nesse assunto, porque não gosto muito dos itens recorrentes em gala, como bordados, transparências, pedraria, por isso tenho que buscar bastante até encontrar algo que combine comigo. A Carol Bassi tem umas peças que não são exatamente roupa de festa, são mais descoladas, como um macacão de manga comprida, isso já é mais minha cara. 

E para cuidar do cabelo? Meu último corte, que foi o mais radical, fiz no Cassolaris, aqui no Itaim. Fiz com a equipe do Marcos, e o resultado ficou incrível. 

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