A Moda e a Cidade: Giuliana Romanno

A estilista fala sobre Pinheiros, onde mora, trabalha e aprecia boa arte e gastronomia

PUBLICIDADE

Por Helena Tarozzo
Atualização:
Giuliana Romanno na Praça Gastão Vidigal, onde costuma levar seus filhos Foto: Monica Zarattini/Estadão

A moda minimal de Giuliana Romanno não esconde suas preferências. Arte concreta, arquitetura, paisagens simples e uma vida com alimentos orgânicos entram na sua rotina e são inspirações para suas roupas. Sua marca nasceu em Pinheiros (bairro meio boêmio, meio residencial da capital paulistana), e por ali ela resolveu estabelecer também a sua residência. Giuliana mora perto da Praça Gastão Vidigal, conhecida como Praça do Ovo, onde leva os filhos para brincar e observa o estilo dos moradores do bairro. Mesmo um pouco afastada dos Jardins, onde mantém sua loja, ela continua cercada do que mais gosta. Espaços culturais, restaurantes e lojas de decoração estão a alguns metros dali, tudo sempre ao seu alcance a pé ou de bicicleta.

PUBLICIDADE

O que é o melhor de morar aqui? Aqui tem tudo perto, restaurantes, galerias, lojas de decoração, o shopping Iguatemi… Posso até ir ao MuBE e ao MIS sem carro. E como comecei a minha marca há 10 anos nesse bairro, tenho uma memória muito afetiva daqui. Minha loja é nos Jardins, mas meu escritório ainda é aqui do lado, então vou e volto a pé, o que é ótimo.

Como você define o estilo das pessoas do bairro? É um lugar que passou por uma transformação nos últimos anos. A antiga população de idosos foi substituída aos poucos por famílias de jovens designers e arquitetos, que são pessoas que sempre vejo quando vou à praça com os meus filhos. Não é tanto um pessoal da moda, mas são pessoas que mesmo nos finais de semana estão arrumados. Gosto também do estilo dos garotos que andam de skate por aqui. Já as pessoas da moda mesmo estão mais para o outro lado da Avenida Rebouças.

Quais as suas lojas de roupa preferidas? Atualmente uso só coisas minhas, então não costumo comprar roupas e sapatos. Mesmo em finais de semana visto só o que faço.

Bom, mas você adora esportes e não cria roupas de ginástica, certo? Bem lembrado, isso não faço mesmo. Gosto muito das coisas da Stella McCartney para Adidas, que estão à venda na loja do Iguatemi e conheci há pouco tempo as coisas da Memo, da Patricia Birman. De tênis gosto daqueles Nike Knit, de tricô, e acabei de comprar um Nike vintage, que é uma graça.

E acessórios? Gosto muito das joias da Vera Cortez, que tem um ateliê aqui perto, na Rua Maria Carolina. Adoro as pulseiras dela, com uma pegada minimalista que vai bem com o meu estilo.

Qual seu salão de beleza? Corto no L’Oficciel da Rua Oscar Freire, há anos com o Nando Ardessori. Maquiagem faço com Bruno Cardozo, que era assistente do Robert Estevão e ele vem em casa fazer. E a coloração faço com a Patsy, no salão PPM, no Itaim - acho que é a única coisa que faço no Itaim.

Publicidade

Onde você compra produtos de beleza? Em farmácias… Nelas geralmente encontro os cremes que uso, da Dermoativin, Skin Ceuticals e Vichy. Para maquiagens, às vezes vou à Sephora, porque gosto dos produtos da Nars, da M.A.C e da Benefit.

Você gosta muito de arte, costuma ir a ateliês de artistas? Sim, adoro fazer isso. É muito bom para entender melhor a obra de cada um, ver quais são os trabalhos em andamento. Gosto do da Carla Chaim, que é uma artista que fez umas estampas na minha última coleção e do Nino Cais, que são um do lado do outro, numa ruazinha em Pinheiros. E também participo de um clube de colecionadores, que chama Arte Hall e eles sempre indicam novos artistas e galerias.

Qual o melhor programa de domingo? Começaria na Pinacoteca, que é um lugar que amo, tem o parque, a arquitetura e ótimas exposições, depois iria almoçar no Le Casserole e termino o dia na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, onde sempre acho revistas incríveis de moda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.