Desfile-manifesto de Ronaldo Fraga coloca apenas mulheres trans na passarela
Maria Rita Alonso - Especial para O Estado de S.Paulo
26/10/2016, 18:10
Estilista também atacou a própria indústria da moda: 'Nós não precisamos mais de roupas. A moda precisa dialogar em outras frentes'
Ronaldo Fraga apresentou desfile-manifesto com apenas mulheres trans na passarela Foto: Ag Fotosite/Divulgação
Foi um manifesto social o desfile do estilista Ronaldo Fraga, no Teatro São Pedro. Na passarela, apenas mulheres transexuais, incluindo Valentina Sampaio, que está sendo um dos destaques desta São Paulo Fashion Week.
No início, uma gravação com a voz do mineiro ecoava pelo teatro, explicando o propósito da apresentação "O corpo aprisiona, e as roupas libertam o ser". Todas as modelos usaram um vestido praticamente igual. Mudavam apenas as estampas, inspiradas em bonecas de papel.
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Desfile-manifesto de Ronaldo Fraga coloca apenas mulheres trans na passarela X
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Ronaldo Fraga
No início, uma gravação com a voz do mineiro ecoava pelo teatro, explicando o propósito da apresentação: "O corpo aprisiona, e as roupas libertam o ser".
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Desfile-manifesto de Ronaldo Fraga coloca apenas mulheres trans na passarela X
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“A história toda não está mais nas roupas e sim em quem as veste”, declarou Fraga, lembrando que o Brasil é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e transexuais em todo o mundo, segundo um relatório da ONG internacional Transgender Europe.
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"Estamos em tempos de guerra. Minha forma de protesto é essa. Nós não precisamos mais de roupas. A moda precisa começar a dialogar em outras frentes", disse o estilista, visivelmente emocionado.
Foto: Ag Fotosite/Divulgação
“A história toda não está mais nas roupas e sim em quem as veste”, declarou Fraga, lembrando que o Brasil é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e transexuais em todo o mundo, segundo um relatório da ONG internacional Transgender Europe.
No encerramento, elas voltaram ao palco usando apenas calcinha e sutiã pretos e dançaram uma valsa. "Estamos em tempos de guerra. Minha forma de protesto é essa. Nós não precisamos mais de roupas. A moda precisa começar a dialogar em outras frentes", disse o estilista, visivelmente emocionado.