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''''Vacinação não teve critério''''

ENTREVISTA[br]Francisco Borges de Abreu Filho: irmão da enfermeira morta

Por Fabiane Leite
Atualização:

Ao lado de dezenas de amigos e familiares, Francisco Borges de Abreu Filho, de 42 anos, dono de uma empresa de publicidade, reclamou da falta de divulgação sobre os riscos da vacina e prometeu medidas judiciais contra autoridades de saúde em razão da morte de sua irmã Marisete. Em entrevista a um grupo de jornalistas, Abreu Filho também criticou a falta de campanhas educativas. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo disse que sua irmã não informou ter um problema que contra-indicaria a vacina. A minha resposta à secretaria é que essa vacinação não teve critério. Seria diferente se tivesse uma restrição. Quando surgiram os casos de dengue, o governo e as empresas de remédios avisaram que não era para tomar aspirina em caso de suspeita da doença. Não vamos atribuir isso à doença dela, até uma pessoa com gripe não poderia tomar essa vacina. Quando aviões caem, atribuem ao pilotos. Quantos admitem a culpa? Dizer que ela sabia que corria o risco? Alegar isso é falta de esclarecimento. É absurdo! Por ela ser enfermeira, não sabia das contra-indicações? Vocês, jornalistas, sabiam do risco? Vocês também poderiam ser vítimas. Ela tinha quatro faculdades. Morrem pessoas de cólera e você não vê campanha. Agora, por causa de um foco concentrado de febre amarela se fez um alarde em nível nacional. Há uma demanda imensa e não tem algo para regular. O senhor pretende tomar alguma medida judicial? Não com interesse financeiro, mas uma ação de responsabilidade. Tem de haver um culpado em uma situação dessas. Será dentro de um objetivo de conscientização, de evitar que outras famílias chorem.

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