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Universidades são contrárias à responsabilização

Por Emilio Sant'Anna , Ana Bizzotto e Lucas Frasão
Atualização:

Responsabilizar as universidades pelos trotes violentos não agrada aos representantes das instituições de ensino superior. Apesar de considerar "absolutamente lamentável" o trote, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de São Paulo (Adusp), Otaviano Helene, não opina sobre a possibilidade de punição à universidade. Ao invés disso, acredita que a recepção dos calouros possa ser marcada por discussões políticas. "A recepção deve facilitar a transição para um espaço em que o aluno vai ter de se posicionar sobre temas políticos e sociais", diz. Para o presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp), João Costa Chaves, é preciso ter cautela. "Toda medida impositiva é menos eficaz do que ações educativas", afirma. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Amaro Henrique Pessoa Lins, considera "completamente inadequada" a punição a instituições em que ocorrer trote violento. Já o presidente do sindicato das mantenedoras de ensino superior no Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Ferreira Figueiredo, a punição aos reitores é uma "atitude inócua, que não impede o trote".

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