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Sequenciamento genético foi usado no diagnóstico

Infecções foram confirmadas com kits vindos dos EUA; governador de SP diz que não há motivo para pânico

Por Ligia Formenti
Atualização:

Para confirmar as infecções pelo vírus da gripe suína nos quatro casos brasileiros conhecidos foram usados kits de diagnóstico vindos dos Estados Unidos. Com eles, são feitos testes com uma técnica chamada PCR, sigla em inglês para Reação de Cadeia em Polimerase. Esta técnica parte do sequenciamento genético - no caso, do vírus A (H1N1). Com base na sequência, pesquisadores identificam trechos do vírus que os diferenciam dos demais. Como pesquisadores já estavam com o sequenciamento feito nos Estados Unidos em mãos, com a chegada do material, o teste foi relativamente rápido. Os casos paulistas confirmados até a noite de ontem são dois homens. Um deles, de 24 anos, esteve na Cidade do México no fim do mês passado; o outro, de 48, esteve na Flórida, nos Estados Unidos. O primeiro ficou dez dias internado no Instituto de Infectologia do Emílio Ribas. O segundo foi atendido no mesmo hospital, medicado e mantido sob monitoramento. Ambos seguem isolados em casa e todos que entraram em contato com eles já foram monitorados e não pegaram a doença. O governador de São Paulo, José Serra, afirmou que a gripe "vai ser combatida como doença grave, mas não há motivo para pânico". Em Minas, o primeiro caso confirmado é uma mulher de 28 anos que desembarcou em Belo Horizonte no dia 27, voltando de Cancún. Como apresentava sintomas desde a véspera, procurou o sistema de vigilância e foi internada. Após dois dias no Hospital das Clínicas, teve alta. Segundo o secretário adjunto da Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, há ainda dois casos considerados suspeitos na capital mineira: dois gêmeos de 1 ano. Os meninos chegaram do Texas (EUA) no domingo. Começaram a apresentar sintomas na terça-feira e foram internados no Hospital das Clínicas, onde permanecem isolados. O hospital informou que os bebês têm febre e sintomas respiratórios leves, mas apresentam quadro de saúde estável. No Rio, o único caso confirmado até ontem à noite era o de um jovem de 21 anos, internado desde terça-feira no Hospital Clementino Fraga Filho. Segundo a chefe do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias do hospital, Regina Barbosa Moreira, o jovem "passa muito bem". Ele está isolado e deve ficar internado até o dia 13, ou seja, dez dias a partir do início dos sintomas. Seus pais e pelo menos um amigo estão sendo monitorados em casa. No mesmo hospital, há outra pessoa internada com suspeita de gripe suína. COLABORARAM EMILIO SANT?ANNA, TALITA FIGUEIREDO E IVANA MOREIRA, ESPECIAL PARA O ESTADO

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