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São Paulo avalia docentes em começo de carreira

Por Maria Rehder e JORNAL DA TARDE
Atualização:

A garantia de passar no concurso público e ter emprego para a vida toda já não vale mais para os professores e diretores das escolas da rede estadual paulista que assumiram o cargo a partir de dezembro do ano passado. A partir de outubro, esses servidores e os próximos a ingressar na carreira do magistério começam a ser avaliados por uma comissão. Se ao longo de três anos não apresentarem resultados satisfatórios, poderão ser exonerados. O estágio probatório de três anos, instituído em novembro pelo governador José Serra (PSDB), vai levar em conta sete critérios de avaliação: assiduidade, disciplina, iniciativa, responsabilidade, comprometimento com o serviço público, eficiência e produtividade. Supervisores e dirigentes também serão avaliados. Segundo Cristty Anny Sé Hayon, diretora técnica de recursos humanos da Secretaria da Educação, a avaliação será contínua e a cada dez meses os profissionais receberão uma pontuação. A comissão de avaliação, com três membros, será indicada pelo diretor da escola e poderá indicar cursos de formação. "Se no final dos três anos os docentes não atingirem 105 dos 210 pontos, serão exonerados, mas a secretaria dará condições para que tenham chance de superar os problemas", diz Cristty. A Apeoesp, sindicato dos docentes, é contra a avaliação e contra sua validade para quem ingressou na carreira em dezembro de 2007. Assembléia no dia 19 vai avaliar o assunto. A coordenadora associada do curso de Pedagogia da Unicamp, Márcia Malavazi, afirma que a comissão "deveria ser mais democrática", com representantes dos pais e de alunos.

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