Queremos os bons profissionais na sala de aula

PUBLICIDADE

Por Maria Helena Guimarães de Castro
Atualização:

Pais, alunos e professores. Tenham certo que o governo do Estado está firme em sua posição de melhorar a educação. Na última semana, a Apeoesp, sindicato que representa professores da rede estadual, conseguiu o que tentava havia meses: impedir que cerca de 5 milhões de crianças e jovens tivessem os melhores professores em salas de aula. Deixemos claro: a Secretaria da Educação quer que os professores mais preparados estejam nas escolas, ensinando, o que infelizmente a Apeoesp é contra. Em maio de 2008, a secretaria determinou que os professores temporários da rede passariam por avaliação antes de entrar em sala de aula. Nada mais justo para os alunos, que têm o direito de aprender com os professores mais capacitados. Dias depois, o sindicato decretou greve. A maioria dos professores disse "não" à greve e "sim" à prova, que, mantida pela secretaria, foi aplicada com total lisura, tranquilamente, mesmo com o sindicato incitando seus associados a atrapalhar o processo. A secretaria divulgou gabaritos, amostra das provas, resultados, classificações, enfim, garantiu acesso às informações. Na véspera da atribuição de aulas o sindicato chegou ao auge da confusão. Após tentar invalidar a prova na véspera do Natal, decisão revertida pelo Estado, conseguiu na Justiça uma liminar que invalida as notas obtidas pelos professores. Prejuízo aos professores que são dedicados e foram bem na avaliação. Prejuízo, sobretudo, aos alunos. A prova para os temporários faz parte de uma política do Estado para melhorar a qualidade da educação. Continuamos na Justiça argumentando sobre sua importância. Temos certeza de que reverteremos a situação. Mas para não atrapalhar a volta às aulas, sem derrubar a decisão liminar em tempo, decidimos discutir o mérito da questão. E vamos até o fim na luta pela avaliação dos professores. Nova proposta curricular, programa de alfabetização, sistema de avaliação, recuperação intensiva, materiais para professores e alunos, índice de qualidade para cada escola (Idesp), melhoria de infraestrutura nas escolas, enfim, um conjunto de projetos já está em andamento. Ainda anunciamos concurso para 75 mil cargos de professores efetivos, o que precisa ser aprovado na Assembleia Legislativa. É claro que o professor é protagonista em todo este processo. É fundamental valorizar o educador, a pessoa que dia a dia dedica-se ao ensino. Mas é preciso separar os bons dos ruins. O aluno vem primeiro. Na próxima segunda, os estudantes voltam às aulas. Terão novidades, como o caderno do aluno e recuperação de conteúdos desde o início das aulas, e um ano letivo pela frente. Esperamos que o sindicato, o mesmo que queimou materiais dos alunos na Praça da República, pare de jogar contra a educação, contra os alunos. Contamos com a participação dos pais e dos cerca de 300 mil servidores da secretaria para um ano de mudanças, de educação nota 10. * É secretária da Educação

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.