Queijo apreendido em Minas Gerais some de galpão

Mussarela estava vencida e havia sido interditada pela vigilância

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Por Eduardo Kattah e Emilio Sant'Anna
Atualização:

Das 16 toneladas de queijo tipo mussarela apreendidas pela Polícia Federal e pela Vigilância Sanitária no último dia 29, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, sobraram apenas sete embalagens. O sumiço do material foi constatado ontem pela vigilância municipal. O queijo estava com prazo de validade vencido ou prestes a vencer. A PF instaurou inquérito para apurar a suposta fraude em que o queijo impróprio para consumo recebia embalagens com novas datas de validade. O estoque estava sob a responsabilidade, como fiel depositário, de Geraldo Marques da Silva, funcionário de Leonardo Alves de Lima, dono do produto. O galpão em que estava o queijo havia sido interditado, pois não tinha registro da Receita Federal nem alvará. A câmara fria havia sido lacrada e a Vigilância Sanitária de Uberaba chegou a anunciar a inutilização do estoque."Estávamos simplesmente aguardando o prazo legal de defesa e nisso sumiu o queijo", disse o diretor de Vigilância em Saúde do município, Marco Túlio Azevedo Cury. Em entrevista ao Estado, no dia 3, Leonardo Alves de Lima, responsável pelo depósito clandestino, contestou a apreensão e o fato de não existirem laudos sobre o produto. Já Cury afirmou que a fiscalização sanitária decidiu descartar as toneladas de queijo porque "visualmente" se constatou que o estoque estava impróprio para consumo. "Tinha produto vencido, mofado e até caco de vidro", disse. Segundo o diretor, as amostras coletadas no local para exame químico foram descartadas após a análise visual. PARMALAT Advogados da Parmalat procuraram anteontem o Ministério Público Estadual em Uberaba para propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A informação foi confirmada ontem pela promotoria, que aguarda laudos da PF para informar o teor do acordo. Procurada pelo Estado, a empresa afirmou se tratar de uma reunião para esclarecimentos técnicos.

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