Professores suspendem greve em São Paulo

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Por Simone Iwasso
Atualização:

Por causa da baixa adesão dos professores da rede estadual de São Paulo no primeiro dia da greve promovida pelo sindicato da categoria (Apeoesp), a entidade suspendeu a paralisação. A decisão foi votada em reunião conturbada, na frente à Assembleia Legislativa. Um grupo de docentes que defendia a manutenção da greve ameaçou invadir o prédio. Uma bomba foi lançada e a Força Tática da PM confrontou os manifestantes. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 1% dos professores da rede aderiram. Para a Apeoesp, foram cerca de 30% - número abaixo do esperado pela direção do sindicato. No ato em frente à Assembleia, havia mil professores, segundo a PM. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 16. No plenário, o secretário Paulo Renato Souza debateu com deputados e representantes dos professores os projetos de lei para a carreira do magistério. O governo quer alterar os contratos dos temporários e criar uma escola de formação, com prova final obrigatória para os aprovados em concurso público. Outro projeto cria 50 mil vagas e abre concurso para preencher 10 mil já existentes. O principal ponto de discórdia é a criação de prova anual para atribuição de aulas dos temporários. Quem não for aprovado ficará na rede, numa carga horária reduzida e em atividades fora das classes. Outra reclamação é quanto à criação de quarentena para esses docentes. Pelo projeto, eles poderão ter um contrato de até dois anos e deverão ficar 200 dias fora da rede (equivalentes a um ano letivo).

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