PUBLICIDADE

Polícia apreende remédio falso e vendido pela internet

PF prendeu 4 pessoas e cumpriu mandados de busca em 6 Estados

Por Eduardo Kattah
Atualização:

A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Placebo, de combate à venda ilegal pela internet de medicamentos e produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quatro pessoas foram presas e mandados de busca e apreensão cumpridos em seis Estados: Minas, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O alvo dos agentes eram o comércio e a publicidade ilegal de anabolizantes, abortivos, drogas falsificadas e pílulas que não causam qualquer efeito: os chamados placebos. A Unidade de Combate a Crimes Cibernéticos da PF teve apoio de fiscais da Anvisa. Técnicos se passaram por clientes e compraram os produtos pela internet. Segundo a PF, duas pessoas foram presas em flagrante no Rio Grande do Sul, com 89 comprimidos abortivos. No Espírito Santo, um comerciante foi preso no município de Nova Venécia. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três cidades capixabas. O material - medicamentos, cosméticos e fitoterápicos vendidos sem autorização da Anvisa - encheu dois caminhões-baú. Em Florianópolis (SC), o dono de uma academia de musculação foi preso em flagrante. Os agentes federais recolheram no local 750 anabolizantes. MINAS Boa parte das irregularidades foi constatada em Minas, onde a PF cumpriu dez mandados em Belo Horizonte e outras quatro cidades. Ninguém foi preso. Na capital mineira, policiais estiveram no apartamento de uma mulher que comercializava o produto "Fator P". Anunciado como planta medicinal eficaz no combate à dor de coluna, artrite, artrose, bursite e varizes, análises revelaram que contém droga sintética. Em Ipanema, os agentes interditaram o laboratório Floriam, onde foram apreendidas caixas com o produto "Copo da Saúde", que promete auxílio ao tratamento de diabete. Em Pará de Minas, a PF entrou em duas casas onde eram comercializados o medicamento Pramil (Sildenafil) 50 mg Novophar e outros "produtos similares ao Viagra". Em Betim e Uberlândia, foram apreendidos em casas medicamentos indicados para impotência. Os agentes federais cumpriram mandados também na empresa Guiam Tecnologia em Internet. De acordo com a delegada Cristina Amaral Figueiredo, a pena para produção e comercialização de remédios sem licença vai de 10 a 15 anos de reclusão. Até o início da noite, a PF não havia divulgado informações sobre a operação em Pernambuco e no Piauí. Representantes da Guiam e da Floriam não foram localizados pelo Estado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.