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Operação apreende 50 mil m3 de tora de madeira ilegal no PA

O material foi recolhido a 200 km de Altamira; a quantidade é suficiente para lotar 2,5 mil caminhões

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Por Redação
Atualização:

Uma operação realizada ontem a 200 km de Altamira, no Pará, apreendeu cerca de 50 mil m3 de toras de madeira - o equivalente a 2.500 caminhões lotados do material, resultado de desmatamento ilegal da floresta amazônica. A operação contou com agentes do Ibama, Aeronáutica, Polícia Federal e Polícia Militar do Pará e resultou em uma das maiores apreensões de toras de madeira da história do País. Ao lado do presidente do Incra, Rolf Hackbart, e do secretário estadual de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou dois termos de doação de 6 mil m3 de madeira para o governo do Estado do Pará, para o Ministério de Desenvolvimento Social e para o Serviço Florestal Brasileiro, órgão do Ministério do Meio Ambiente. A outra parte será leiloada, como estabelece o decreto federal que regulou a Lei de Crimes Ambientais. Cada tora apreendida deve ser leiloada por cerca de R$ 500, afirmou Ortega. Segundo Minc, os recursos arrecadados serão usados para a compra de veículos e outros materiais de fiscalização e, também, para reforçar a oferta de empregos e empreendimentos sustentáveis como atividades extrativistas e a implantação de planos de manejo em unidades de conservação. GRILEIROS O ministro enfatizou o "caráter didático" de sua presença durante a operação e da assinatura das doações. Minc voltou a afirmar que os criminosos não vão enriquecer com produtos do crime ambiental. Na região visitada pela equipe na gleba Tuerê, no município de Portel, foram apreendidos apenas nos últimos dias 6 mil m3 de madeira. No local onde aterrissaram os helicópteros da comitiva, horas antes havia sido fechada uma serraria ilegal com a apreensão de madeiras nobres como ipê, jatobá e maçaranduba. Os criminosos, porém, conseguiram fugir, evitando o flagrante. A região é mistura de terras públicas da União e do governo do Pará com invasões de grileiros.

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