OMC debate barreiras à carne

PUBLICIDADE

Por Jamil Chade
Atualização:

O mal-estar diplomático por causa da gripe suína chegou à Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil, depois de recomendar que não se viaje à Argentina e ao Chile, agora exige que todos os países adotem barreiras apenas com base científica. Uma série de governos, entre eles o brasileiro, criticou duramente os países que adotaram barreiras contra a carne suína alegando prevenção de contágio humano pelo vírus H1N1. Mesmo com todas as garantias de veterinários, 6 países ainda mantêm restrições à carne suína, entre eles a China. Pequim diz que vai retirar a barreira assim que tiver comprovação de que a carne não é vetor de transmissão da nova influenza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já deu essa garantia. Os países que adotaram as barreiras justificaram as medidas pela situação de emergência. Ontem, no Comitê de Assuntos Sanitários da OMC, o tema dominou o debate. Para o governo chinês, a medida foi necessária para resguardar a população. Um outro problema destacado por governos é que, três meses depois, alguns países nem sequer cumpririam a lei internacional que exige que toda nova barreira seja notificada à OMC. Além da China, Gabão, Indonésia, Jordânia, Suriname e Armênia ainda mantêm restrições à importação de carne de porco. A lista chegou a ter 20 países, mas a maioria já retirou as restrições à importação de carne suína.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.