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Obama pede EUA em alerta, mas não alarmados

Por Patrícia Campos Mello
Atualização:

O governo americano confirmou 40 casos de gripe suína no país e está aconselhando americanos a não viajarem para o México. Foram detectados 28 casos em Nova York, 2 no Kansas, 7 na Califórnia, 2 no Texas e 1 em Ohio. Todos os casos foram leves e apenas uma pessoa foi internada. Em Nova York, todos os casos foram detectados em uma escola no Queens - alguns dos alunos passaram as férias de primavera no México. "Esperamos detectar mais casos em outros Estados e também há a expectativa de haver casos mais sérios", disse o diretor do Centro de Controle de Doenças, Richard Besser. O presidente Barack Obama tentou tranquilizar os americanos durante discurso em Washington. "É obviamente motivo de preocupação e exige estado de alerta", disse. "Mas não é motivo para alarme." O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou que o número de casos confirmados na Escola Saint Francis, no Queens, deve subir de 28 para 45. Mesmo assim, não haverá quarentena para os alunos e a escola será reaberta hoje, ele informou. No início do dia, a comissária de Saúde da União Europeia, Androulla Vassiliou, afirmou que os cidadãos europeus deveriam evitar todas as viagens não essenciais para os EUA e para o México. As autoridades americanas qualificaram a reação europeia de "exagerada". EQUIPE DESFALCADA O governo Obama enfrenta a epidemia de gripe suína com sua equipe de saúde pública desfalcada. Os EUA ainda não têm um ministro da Saúde (Kathleen Sebelius, indicada para o cargo, ainda não foi confirmada pelo Senado), o diretor do Centro de Controle de Doenças, Richard Besser, é interino e ainda não foram escolhidos o principal porta-voz de saúde pública e ocupantes de 17 cargos-chave da área. Um assessor da Casa Branca admitiu ontem que uma epidemia era a última coisa com a qual Obama contava neste momento. "Já estamos completamente ocupados com Iraque, Afeganistão e a crise financeira", disse. Mas o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, garantiu que o governo está dando a resposta adequada ao caso, apesar da equipe reduzida. "Nossa reação não está sendo prejudicada por não termos um secretário de Saúde. Centenas de outros funcionários estão trabalhando no caso", disse. Espera-se que a emergência pressione o Senado a confirmar o nome de Sebelius no posto ainda hoje.

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