PUBLICIDADE

Novos casos de gripe suína no Rio aumentam total para 23

Ministério muda regra de internação para reservar leitos; 8 crianças são monitoradas em SP

Por Fabiane Leite , Tatiana Favaro e CAMPINAS
Atualização:

O Ministério da Saúde confirmou dois novos casos de gripe suína no Rio, totalizando 7 no Estado e elevando para 23 o número nacional de contaminados, a maior parte em São Paulo (9). Os pacientes estão bem, mas a pasta não informou se estão internados. Oito crianças de Campinas, com idades entre 4 meses e 3 anos, que frequentam creche onde trabalha uma mulher contaminada, apresentaram sintomas como tosse e coriza, mas sem febre, e estão sendo monitoradas. Cinco tinham colhido amostras para o exame que detecta o vírus A(H1N1) e estão em quarentena domiciliar. Por precaução, a creche foi fechada até a próxima quarta. Acompanhe o noticiário sobre a gripe e veja os números no mundo Em visita ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou que não há epidemia e anunciou mudanças no manejo. Só casos graves ou de pessoas de maior risco para complicações, como idosos e crianças de menos de 2 anos, serão internados. Além disso, foi definido novo critério de caso suspeito: febre acima de 37,5°C (antes era de 38°C), mesmo que medida pelo paciente, tosse ou dor de garganta (o último sintoma não entrava na classificação), acompanhadas ou não de dor de cabeça, nos músculos e articulações e dificuldades respiratórias. Além disso, o paciente deve ter estado, nos últimos dez dias, em países com casos da doença ou tido contato com pessoas consideradas casos suspeitos. Foi abolida a classificação "caso monitorado", que incluía pessoas sem febre medida, mas com sintomas e que tinham estado em locais afetados. "A situação é de tranquilidade e normalidade. Não há circulação sustentável do vírus, é limitada. O que a doença está mostrando é que seu grau de letalidade vem caindo", disse Temporão. Segundo ele, os casos leves serão acompanhados em casa e continuarão a receber medicamentos. "Essa é uma medida para ter mais leitos, casos eles sejam necessários", afirmou o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata. "Os médicos avaliarão caso a caso. No mundo inteiro, os doentes que ficaram nos hospitais são os com complicações bacterianas (como pneumonia bacteriana)", disse o diretor do Emílio Ribas, David Uip. Das 102 crianças matriculadas na creche de Campinas, 23 tiveram contato com a mulher contaminada, além de 16 funcionários - todos são acompanhados. O resultado dos exames das cinco primeiras crianças com sintomas deve sair hoje. A monitora contraiu a doença do marido, que esteve nos EUA. O último contato dela com as crianças foi na quarta-feira passada. Assim que soube que o marido estava contaminado, na quinta, ela não voltou à creche. A prefeitura de Vinhedo, onde vive o casal, mantém em monitoramento 37 pessoas que tiveram contato com eles. MORTE NO CHILE O Chile, que tem o maior número de casos na América do Sul, é também o primeiro país a registrar uma morte pelo vírus na região. A vítima é um homem de 37 anos, que faleceu de insuficiência renal e ataque cardíaco após pneumonia. A proliferação da gripe por um terço dos países deixa o mundo perto da pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde. Pressionada por governos, a OMS pensa em criar níveis de alerta relacionados à gravidade do vírus. COLABORARAM ARIEL PALÁCIOS e JAMIL CHADE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.