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Noia Carolina

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Por Redação
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O sucesso está batendo à sua porta. De um pequeno ateliê, mudou-se para uma loja em um shopping, está abrindo a segunda e já tem vários outros pontos de venda. O segredo parece estar no design das joias, pensado para que as peças possam ser aproveitadas de várias maneiras - e nunca copiadas.Como é esse seu método de fazer com que as joias possam ser usadas de várias formas?Desde as primeiras joias criadas, pensei em fazer peças que fossem versáteis. Começou com um anel que tinha uma placa em cima: de um lado ela era de ouro, para ser usado no dia a dia, e do outro, tinha a superfície de brilhantes, para ocasiões especiais. Agora, por exemplo, tenho braceletes de couro com uma pedra sobreposta, e essa mesma pedra pode virar o pingente de um colar. Tenho também uma linha de peças de madrepérola com design de flores, que pode ser a base para vários brincos, transformando-os em modelos diferentes quando colocada sob eles. É o que chamo de "efeito multiplicador", e é o DNA da marca.Que outros elementos são característicos do seu trabalho?Busco sempre me diferenciar dos outros, as peças surgem a partir de minhas próprias experiências e do meu gosto pessoal. Criei um efeito de ouro xadrez (trabalho em texturas de ouro, que desenham um xadrez) que só eu posso fazer, porque registrei e patenteei para evitar reproduções. E faço isso com várias peças, porque notei que há muita coisa parecida no mercado. Muita gente prefere copiar o que se vê lá fora, ou uns copiam dos outros, sem apostarem em um trabalho autoral.Como você sente o mercado de joias hoje?Quando comecei, em Israel, onde trabalhei na Bolsa de Diamantes, todas as minhas peças eram feitas com pedras nobres. Hoje sinto que as pessoas estão procurando peças mais em conta e fáceis de usar, por isso comecei a misturar as joias com materiais mais acessíveis, como o couro, a prata e a madrepérola.

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