No HC, só 30% das crianças tinham o H1N1

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Por Felipe Oda e JORNAL DA TARDE
Atualização:

Levantamento feito pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, de São Paulo, apontou que menos de um terço das crianças atendidas pela instituição com algum sintoma gripal tinha o vírus da gripe suína. De 19 de junho a 19 de agosto, o HC atendeu 313 pacientes, entre recém-nascidos e adolescentes de até 18 anos, todos com alguma morbidade (hipertensão arterial, diabetes, leucemia, obesidade, câncer e imunodeficiência). Do total de crianças, 95 (30,3%) foram diagnosticadas com a nova gripe. No grupo positivo para H1N1, o HC não registrou mortes. Porém, dos 218 pacientes que tiveram descartado o diagnóstico de gripe suína, sete morreram em decorrência de outras doenças. Três vítimas pegaram gripe comum. "Temos crianças transplantadas, soropositivas, doentes renais e com leucemia entre as que tiveram a gripe suína e nenhuma faleceu", diz Evandro Roberto Balducci, infectologista e professor do Instituto da Criança. Todos os 136 pacientes internados foram medicados com o Tamiflu mesmo antes do resultado do exame, já que faziam parte de grupos de risco. Balducci cita o levantamento para "acalmar a população". "Isso nos mostra que o uso do Tamiflu não é tão eficiente e que o vírus da gripe suína não é tão letal quanto imaginávamos."

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