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Neandertal não foi extinto por mudança do clima

Por AFP E REUTERS
Atualização:

PARIS O enigmático desaparecimento do neandertal não foi conseqüência de um brusco aquecimento do planeta, de acordo com estudo publicado na revista Nature. A análise de antigos sedimentos da região de Cariaco, na Venezuela, deu indícios de que não houve mudanças climáticas no período de extinção da espécie, há 32 mil anos. A única certeza até agora é a de que ele viveu por 170 mil anos na Europa, Ásia e Oriente Médio. Sua existência teria coincidido durante vários milênios com a dos primeiros homens modernos. Várias hipóteses já foram aventadas para explicar o desaparecimento do neandertal, nenhuma comprovada, desde a consangüinidade, doenças até a guerra com novos grupos ou a mistura com eles, passando pela mudança de clima. DENTES Dois dentes molares de cerca de 63.400 anos mostraram que o neandertal, antecessor do homem, poderia ter hábitos de higiene dental, noticiou ontem o site do jornal El País. Eles tinham "marcas formadas pela passagem de um objeto pontudo, que confirma o uso de pequenos gravetos para limpar a boca", disse o professor de paleontologia Juan Luis Asuarga, ao apresentar o achado arqueológico em Madri. Os fósseis, encontrados em Pinilla del Valle, são os primeiros exemplos humanos retirados da região de Madri em 25 anos. "São dois (dentes), perfeitamente preservados, nos quais o desgaste de um humano de cerca de 30 anos são perceptíveis", informou um comunicado do governo.

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