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Na Itália, pai de Eluana é investigado por homicídio

Por AFP
Atualização:

A Justiça italiana abriu investigação por homicídio doloso contra 14 pessoas, entre elas o pai de Eluana Englaro, a mulher que morreu no último dia 9 por ter sido desconectada da sonda que a alimentava por decisão da Suprema Corte do país, após mais de 17 anos em coma. O tribunal de Udine, onde Eluana morreu, abriu processo judicial após uma associação chamada "Comitê Verdade e Vida" apresentar denúncia, afirmou o advogado da família Englaro, Vittorio Angiolini. "Trata-se apenas de uma abertura de investigação, um ato motivado por uma denúncia que obriga a uma ação penal", explicou o advogado. Segundo ele, o pai de Eluana, Giuseppe Englaro, "não está preocupado". Além de Giuseppe, que batalhou por dez anos para conseguir permissão para deixar a filha morrer, são investigados toda a equipe médica e os administradores da clínica onde Eluana morreu. "Estamos tranquilos, tudo foi feito segundo o regulamento", disse Angiolini. O caso provocou grande polêmica na Itália, chegando a colocar em lados opostos as duas maiores autoridades do país, o presidente Giorgio Napolitano e o premiê Silvio Berlusconi. Com o apoio da Igreja, o governo conservador de Berlusconi desafiou a Suprema Corte e o presidente ao forçar o Parlamento a promulgar com urgência um decreto-lei para impedir a retirada da sonda. Napolitano não sancionou a norma.

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