Mico-leão-dourado é ''''estrela'''' de cinema

Filme conta vida do animal na mata

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Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes e Alexandre Gonçalves
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De origem brasileira, eles moram nos EUA e tentam voltar para casa. Em busca de liberdade, querem fazer o caminho inverso de muitos imigrantes brasileiros que buscam o sonho americano. Para eles, o sonho é morar na tranqüilidade do que ainda resta da mata atlântica, no Estado do Rio. Mas será um retorno com dificuldade e aventura para um casal de micos-leões-dourados que vivem num zoológico de Washington. O enredo da história vai virar filme e será contado num longa-metragem de 90 minutos e em documentário de 50 minutos produzidos pela Discovery do Canadá e o National Film Board of Canada, com distribuição internacional da Disney e consultoria científica da ONG brasileira Associação Mico-Leão-Dourado. A produtora será a brasileira Mixer. No rastro do sucesso A Marcha dos Pingüins, que conquistou platéias com um roteiro que humanizava uma família de pingüins e um elenco de animais reais, o filme sobre o mico-leão-dourado mostrará a história de reintrodução de uma família de micos em área remanescente da mata atlântica, o seu hábitat natural. Símbolo maior da luta de preservação ambiental no País, o mico-leão-dourado estava incluído na lista das espécies mais ameaçadas de extinção, numa situação crítica. Mas, graças aos programas de proteção ambiental das matas nativas e à reintrodução de animais nascidos em cativeiro, a espécie mudou para a posição "ameaçada", com o aumento da população selvagem de micos. Segundo a secretária-geral da AMLD, Denise Rambaldi, foi justamente essa história de sucesso que atraiu a atenção dos investidores internacionais. Eles procuraram a AMLD para desenvolver o projeto e dar consultoria científica na elaboração dos roteiros. As filmagens devem começar neste ano e se estender por 2009. A expectativa dos produtores é de que o filme esteja pronto no segundo semestre de 2009. A distribuição começará pela América Latina, depois Europa e EUA. O filme será rodado nos EUA e no Rio - onde há ainda trechos da mata atlântica original. "O grande desafio é costurar uma narrativa dotada de sentido, partindo do comportamento natural dos bichos", diz a produtora executiva da Mixer, Eliane Ferreira. Estima-se um orçamento de R$ 6 milhões para a produção.

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