MEC prorroga inscrição de curso

Professores sem diploma têm até o dia 9 para se cadastrar a uma vaga em universidades públicas

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Por Simone Iwasso
Atualização:

Apesar de já ter mais professores cadastrados do que vagas disponíveis, as inscrições para os cursos do Plano Nacional de Formação de Professores foram prorrogadas até o dia 9. O motivo, segundo o Ministério da Educação, responsável pelo sistema, foi atender uma solicitação feita pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e de algumas secretarias estaduais e municipais da Educação. A previsão do ministério com o projeto é oferecer 331 mil vagas em cursos de licenciatura presenciais e a distância no País em dois anos e meio. Nessa primeira abertura de inscrições, são 57 mil vagas disponíveis, distribuídas em 90 universidades estaduais e federais de todos os Estados. O programa custará R$ 1,9 bilhão até 2015, quando deve se formar a última turma de docentes. Até a noite de ontem, 58,2 mil professores haviam se cadastrado para uma vaga - pelas regras do plano, cada docente pode se inscrever em até três cursos diferentes e, posteriormente, ser escolhido para apenas um deles. A orientação do ministério para as instituições onde há mais de um professor por vaga é que seja realizado um sorteio. No entanto, cada universidade tem autonomia para decidir como fazer sua própria seleção, caso achem mais adequado usar outro sistema. Antes disso, porém, secretarias estaduais e municipais devem fazer um filtro dos inscritos, verificando documentação e pré-requisitos dos candidatos. Quem não conseguir uma vaga nos cursos no primeiro processo poderá se inscrever para os próximos. Os interessados devem fazer seu cadastro no site www.mec.gov.br. Professores de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Roraima não poderão, pelo menos por enquanto, ter acesso ao sistema, pois os Estados não aderiram ao plano. GRADUAÇÃO O plano de formação dos professores foi criado pelo governo federal em parceria com Estados e municípios para oferecer formação a professores que lecionam na educação básica pública (ensino infantil, fundamental e médio) e não têm graduação ou são formados em áreas diferentes das que atuam - professor formado em matemática, mas que dá aulas de física, por exemplo. De acordo com censo dos professores realizado pelo MEC, 32% dos docentes da educação básica do País não têm curso superior - o número de docentes que trabalham sem diploma é maior na educação infantil (63%) e menor no ensino médio (13%). As maiores carências são nas áreas de exatas.

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