''Mata secundária não perde status de proteção''

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Por Redação
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No que diz respeito às leis ambientais, "a mata em regeneração não perde seu status de proteção", segundo a secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito. Se a capoeira estiver dentro de uma área que foi ilegalmente desmatada, ela deve ser preservada. Ainda que não tenham a mesma biodiversidade, as capoeiras podem servir como corredores ecológicos e para a recomposição de áreas críticas, como matas ciliares. Por outro lado, diz Cecília, como estratégia de conservação em grande escala, é preferível derrubar uma mata secundária do que uma nativa. "A tendência é reutilizar essas áreas e poupar as florestas primárias", diz. "É sempre preferível cortar florestas secundárias se isso permitir que as primárias permaneçam intactas", avalia Joe Wright, do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical. "As florestas secundárias são importantes, porém, não conservam as espécies mais vulneráveis da extinção. Só grandes extensões de floresta primária podem fazer isso", diz Bill Laurance, da mesma instituição. Inpe e Embrapa planejam para este ano um mapeamento completo das florestas secundárias e atividades de uso do solo em áreas desmatadas da Amazônia. "Precisamos sair desse falso dilema entre floresta e não-floresta", diz o ecólogo Mateus Batistella. "Há muito mais coisas entre o céu e a terra."

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