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Mapeamento do câncer de mama começará em 2009

Por Fernanda Aranda e Jornal da Tarde
Atualização:

O governo federal está terminando de organizar um mapeamento pioneiro do câncer de mama. Portaria recém-publicada no Diário Oficial da União determinou que todas as pacientes que realizarem mamografia no sistema público de saúde terão seus dados (nome, idade, tempo de procura para fazer o exame, estágio do tumor) fornecidos a um banco de dados único, para que o perfil da doença, pela primeira vez, possa ser traçado em território nacional. Hoje, as informações do tipo de câncer que mais mata o sexo feminino são descentralizadas, o que não permite um retrato real da incidência brasileira da doença. Chamado de Sismama, o banco único será um dos instrumentos do Ministério da Saúde para elaborar políticas. Também será possível identificar particularidades do câncer em cada região: qual a idade média das mineiras que adoecem, se as cariocas procuram tratamento tarde ou se as paulistanas estão aparecendo precocemente nas estatísticas das neoplasias, por exemplo. Ainda é preciso regulamentar a operacionalização do novo banco de dados, com início previsto para este semestre, mas a ferramenta já é muito esperada pelos técnicos do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Outra vantagem é que será possível controlar melhor eventuais fraudes com mamógrafos. Implantado o Sismama, todos os gestores dos 2.644 aparelhos brasileiros só receberão a verba gasta em cada exame depois de abastecerem o banco. Atualmente, são realizadas, em média, 668, 1 mil mamografias por ano. Antes associado só a idosas, o último relatório do ministério alerta que o câncer de mama é o quinto maior causador de morte das mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), deixando para trás pneumonias, diabete e até doenças cardiovasculares.

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