Livro de Norman Gall debate reforma do ensino

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Por Redação
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O diretor-executivo do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, Norman Gall, e a coordenadora de programas educacionais, Patricia Mota Guedes, lançaram ontem, em evento na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), o livro Qualidade na Educação - A luta por melhores políticas em São Paulo e Nova York, editado pela Moderna. A obra, uma reunião de quatro artigos publicados de abril a junho no Estado, é resultado de uma temporada de cinco semanas que a equipe do instituto passou nos EUA, conhecendo e analisando as medidas adotadas pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, para melhorar a qualidade da educação pública. De volta ao Brasil, eles identificaram ações implementadas lá que poderiam influenciar as políticas em São Paulo. Os desafios de Nova York em 2001, quando o programa foi implementado, eram a deficiência acadêmica, o grande número de alunos com distorção idade/série, o analfabetismo funcional dos que saem do sistema, a evasão crescente, os baixos índices de conclusão e a violência nas escolas. Dificuldades semelhantes às encontradas não somente em São Paulo, mas em todo o Brasil. A partir desse cenário, Nova York adotou um sistema de gestão radical, que deu maior autonomia às escolas em troca de cobrança de resultados. Houve investimento na figura do diretor, que atua como líder; formação de classes pequenas; definição de metas e demissão de maus diretores e professores. "Pegamos grandes escolas que estavam só ganhando recursos e continuando no fracasso, fechamos e começamos tudo de novo", explicou Eric Nadelstein, diretor de Autonomia das Escolas da Secretaria de Educação de Nova York. Responsável pela reforma, que começou com 26 escolas e hoje inclui 500, ele esteve no Brasil a convite do instituto.

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