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Lenny mescla arte e arquitetura

Praia sofisticada da estilista flerta com arquitetura e a arte contemporânea

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Por Redação
Atualização:

O desfile da grife de moda praia Lenny valeu a viagem. Pode até não acontecer mais nada no Fashion Rio, pois o que tinha de rolar de chique, sofisticado e bem-feito foi mostrado por Lenny Niemeyer em sua apresentação. O flerte da estilista com a arquitetura e a arte contemporânea, com inspirações em Oscar Niemeyer, Gaudi e Adriana Varejão resultou em uma coleção brilhantemente executada. Para reforçar, o desfile ainda contou com uma tonelada de tops (bem... tonelada é brincadeira, já que nem todas juntas chegam a algumas centenas de quilinhos). Estavam lá Caroline Ribeiro, Ana Beatriz Barros, Juliana Imai, Michele Alves e Letícia Birkheuer. As tops saíram da toca e desfilaram deslumbrantes maiôs e biquínis. O trabalho de alças mais largas se destaca ao longo da proposta. Há também alças individuais, cruzadas, alças bordadas, alças que se tornam quase mangas, uma mais bem resolvida do que a outra. Só uma mulher muito chique pode usar maiôs brancos e beges com tanta elegância, como os do bloco de abertura. Mas as cores foram dando as caras devagarinho, assim como as estampas, tudo com muita classe. Em Lenny, até o laranja (ou tomate, como queiram), que anda infestando as coleções, funciona. Os tops vêm valorizados, e a estamparia geométrica ganha composições de cores intensas. Atenção máxima para a reinvenção do tomara-que-caia, que chega com decote, em quadrados sustentados por costas mais largas. Plissados dão movimento especial aos tops. A estamparia de desenhos de arquiteto valorizam as peças. Entre os acompanhantes da moda praia, as camisas ganham bolsos frontais que se transformam em corsets. A parka esportiva, o macaquinho-camisa e os vestidos curtos também surgem imponentes. Definitivamente, um desfile de moda praia para ser aplaudido de pé. Como de fato foi. Pela primeira vez no Fashion Rio, a platéia se rendeu, levantou e bateu palmas. Lenny mereceu.

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