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Justiça dá indenização a grávida que perdeu bebê

Por Talita Figueiredo
Atualização:

A juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Cristiana Aparecida de Souza Santos, condenou ontem a Prefeitura do Rio a pagar R$ 900 mensais a Manuela da Costa, de 29 anos, que perdeu o bebê depois de ser atendida por um médico que rabiscou em seu braço o nome de outra maternidade que a gestante deveria procurar e ainda escreveu os números 476 e 460, referentes às linhas dos ônibus que a levariam até o local. O valor deverá ser pago "durante o período que for necessário para a completa recuperação" de Manuela, de acordo com a sentença da juíza. No último dia 2 de julho, ela sentiu as dores do parto e foi até o Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio, por volta das 8 horas. Quando chegou ao hospital, um médico informou que a unidade não tinha leitos e rabiscou em seu braço o nome da maternidade Fernando Magalhães, na zona norte. DEMORA No Hospital Miguel Couto, ela passou por exame de toque e dos batimentos cardíacos do bebê, que estavam normais. Quando ela chegou à maternidade, o bebê já estava morto. Foi então submetida a uma cirurgia para a retirada do feto. O médico foi afastado da sua função no hospital, dias após o caso. Uma sindicância também foi aberta para apurar as denúncias de negligência no atendimento. A prefeitura informou ontem que ainda não foi notificada da decisão da juíza. O governo municipal ainda pode recorrer da sentença.

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