Jovem passa gripe aviária a pai na China

Descartada mutação do H5N1 no 1.º caso de transmissão humana no país

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Por Pequim
Atualização:

Um morador da cidade de Nanquim, no leste da China, contraiu gripe aviária no fim de 2007 "por contato próximo com seu filho", que morreu da doença no dia 2 de dezembro, informou ontem o ministério chinês da Saúde. Não há evidências, porém, de que o H5N1 - o mais perigoso subtipo do vírus da influenza -, tenha passado por mutações a ponto de tornar-se facilmente transmissível entre pessoas. O vetor de infecção humana tem sido aves contaminadas. É o primeiro caso de contágio entre humanos na China. Não houve novas ocorrências na província afetada (Jiangsu) nas semanas seguintes e o pai já se recuperou da doença, informou o porta-voz do ministério, Mao Qunan. Ainda não foi esclarecida, porém, a causa da infecção inicial, uma vez que a vítima, de 24 anos, não teve contato com aves enfermas ou mortas pela ação do H5N1. A China tem o maior contingente de aves de granja do mundo e milhões criadas em quintais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma a ocorrência de 27 casos humanos da gripe aviária no país desde 2003, com 17 óbitos (taxa de mortalidade de 63%). A OMS adverte que uma mutação que permita ao vírus H5N1 transmitir-se com facilidade entre humanos poderia causar uma pandemia capaz de matar milhões de pessoas. Segundo a OMS, no entanto, por enquanto as confirmações de transmissão "limitada" entre humanos não devem gerar alarme. Em todas as situações houve, como no caso chinês, contato próximo entre doentes. Desde 2003, foram registrados em 14 países 348 casos confirmados de gripe aviária em seres humanos, com 216 mortes. VODU CONTRA GRIPE Em Benin, no oeste da África, a celebração do Dia do Vodu, ontem, serviu como oportunidade para que sacerdotes tradicionais sacrificassem galinhas pedindo proteção contra a disseminação da gripe aviária. O ministério local da Saúde, porém, alertou que os rituais de sacrifício (como degolar aves com os dentes) aumentam o risco de contágio. REUTERS E EFE

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