Inpe registra 123 km² de desmate na Amazônia

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Por Cristina Amorim
Atualização:

Em maio, pelo menos 123 quilômetros quadrados de floresta amazônica foram derrubados, de acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número, contudo, não representa a realidade, pois 62% da região fico coberta por nuvens durante o mês, o que impediu a observação pelos satélites. Do que foi visto, metade (61 km2) foi desmatada no Mato Grosso, Estado com céu bastante limpo no período. Em seguida aparecem Roraima e Maranhão, com 17 km2 cada um, Rondônia, com 11 km2, Pará, com 10 km2, e Tocantins, com 4 km2. "Os Estados do Amapá, Pará, Amazonas e Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois tiveram um alto índice de cobertura de nuvens no período", informa o Inpe em nota. O mesmo problema foi apresentado nos meses anteriores. O Deter registrou somente 197 km2 de corte raso ou degradação nos três meses: 143 km2 em fevereiro, 17 km2 em março e 37 km2 em abril. Mato Grosso concentrou 111 km2 (56% do total) de desmatamento). O começo do ano é tradicionalmente chuvoso na região amazônica. O ritmo da derrubada diminui por causa das chuvas, mas não para. O resultado do "inverno amazônico" só aparece a partir do meio do ano, quando começa o período mais seco e os satélites conseguem "enxergar" o que se passou.

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